Câmara Especializada do CREA promove debate na Assembleia Legislativa
24 de agosto de 2017, às 12h58 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
A Câmara Especializada de Geologia, Minas e Metalurgia, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA-MT promoveu nesta quarta-feira (23), em Cuiabá o Workshop: Risco geológico, proteção e defesa civil, no auditório Licínio Monteiro, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso – AL/MT. O evento foi direcionado a técnicos da área, gestores estaduais, municipais, professores e estudantes.
O objetivo foi debater aspectos da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), estabelecida pela Lei Nº 12.608/ 2012. A Política abrange as ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação voltadas à proteção e defesa civil. Tais ações devem integrar-se às políticas de ordenamento territorial, desenvolvimento urbano, saúde, meio ambiente, mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos, geologia, infraestrutura, educação, ciência e tecnologia e às demais políticas setoriais, tendo em vista a promoção do desenvolvimento sustentável.
Na programação do Workshop foram feitas apresentações de representantes da Defesa Civil de Mato Grosso, da prefeitura de São Paulo e de um professor e um técnico da Universidade Federal de Mato Grosso, além do debate com os participantes para encaminhamentos.
Abrindo os trabalhos o tenente coronel do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, Márcio Paulo da Silva, apresentou a estrutura da Defesa Civil hoje em Mato Grosso e como estão sendo desenvolvidas as atividades no Estado. “É muito importante poder falar sobre as ações que acontecem aqui e participar de um evento como esse promovido em parceria com o CREA-MT, que fortalece nosso trabalho e possibilita fazer parcerias para que possamos mudar o entendimento errôneo que a sociedade ainda tem da Defesa Civil, que seria aquela que vai à comunidade atingida por desastres climáticos para fornecer cesta básica, colchão ou lonas. O nosso sistema precisa mudar urgentemente. Precisamos ter a consciência do risco, e não do desastre”, argumentou
Seguindo a programação Ronaldo Malheiros Figueira, geólogo da Defesa Civil de São Paulo, falou sobre as ações que são desenvolvidas em seu Estado e também abordou a relevância da gestão participativa dos riscos. Ronaldo destacou ainda, como prioridade, dar mais força à participação da sociedade nas definições das políticas locais. Na sua concepção, isso depende da articulação entre os vários níveis de governo. “As áreas de risco continuam se formando todos os dias no País, o que somente será revertido com planejamento, bem como com ações integradas da municipalidade, envolvendo desde as áreas de habitação, planejamento urbano, plano diretor da cidade até a educação”.
Fechando as explanações o professor doutor da UFMT, Fernando Ximenes de Tavares Salomão, relatou e mostrou com fotos, exemplos de graves problemas que se tem no Estado por falta de políticas públicas voltadas para gestão de risco e destacou a carta geotécnica, que é a base técnica do plano diretor e controle da ocupação urbana em áreas de risco .”Este evento é de grande relevância e nos mostra que precisamos unir forças, estudantes, profissionais, entidades, CREA e o poder público para fazer ações cada vez mais voltadas para prevenção”.
Ao final do debate foi proposta a realização de parcerias para troca de informações, experiências e audiências públicas para que as ações em todo o Estado sejam integradas às políticas de ordenamento territorial: desenvolvimento urbano, saúde, meio ambiente, mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos e tecnologia, entre outras políticas setoriais, tendo em vista o desenvolvimento sustentável e a construção de cidades resilientes.
Para o geólogo Prof. Me. Caiubi Kuhn, membro da Câmara Especializada de Geologia, Minas e Metalurgia, do CREA-MT a discussão feita no evento foi de extrema importância. “Alcançamos nosso objetivo de levantar este debate sobre os riscos geológicos e conseguirmos parceiros para trabalharmos integrados, para estimular ações e a discussão sobre o tema junto à sociedade Civil,” frisou Caiubi.
Fonte: Cleci Pavlack – ASCOM/ CREA-MT