CBA/2013 refletiu o futuro dos agrônomos brasileiros

27 de novembro de 2013, às 17h27 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Por João Dias

Recentemente, a Associação dos Engenheiros Agrônomos (AEAMT) foi anfitriã do XXVIII Congressso Brasileiro de Agronomia em Cuiabá que tratou especificamente do tema Segurança Alimentar e Nutricional.

Modéstia parte, a AEAMT cumpriu como dever e atingiu todas as expectativas dos profissionais e acadêmicos da agronomia. A repercussão positiva está em todas as redes sociais e veículos de comunicação que registraram o evento.

Esse envolvimento é fruto de um longo trabalho que, se iniciou no ano passado e foi sendo fortalecido ao longo de 2013, por uma equipe de profissionais com a determinação de realizar o CBA 2013 como mereceram todos os agrônomos e acadêmicos desse país.

Ressaltamos teor da Carta de Cuiabá, documento redigido e aprovado ao final do congresso que prevê a inclusão da representação da CONFAEAB junto ao Comitê do MDA que coordena as atividades do Ano Internacional da Agricultura Familiar – 2014.

E neste contexto, a AEAMT concorda que é fundamental promover a estruturação de cadeias produtivas de produtos da sóciobiodiversidade articulando, com os Conselhos de Segurança Alimentar – CONSEAs e CONAB promovendo a ampliação de diversidade de produtos regionais adquiridos pelos programas de compras governamentais.

Destaca-se a importância de investimentos em formação de cooperativas e capacitação para princípios do cooperativismo, mediante parcerias com SESCOOP/OCB, UNICAFES, CNA, CONTAG, Governos Federal/Estaduais/Municipais e sistema CONFAEA/CREAS.

As novas tecnologias exigem urgentes e continuadas revisões de projetos políticos pedagógicos e grades curriculares, para incluir nos Cursos de Agronomia disciplinas que contenham em suas ementas as novas exigências de mercado e assegure que as grades curriculares contemplem formação generalista e com todas as atividades contidas no Decreto nº 23196/33.

A Confaeab, as FAEAs, as AEAs, devem acompanhar a regulamentação da Lei da ANATER, defendendo os anseios dos Engenheiros Agrônomos em torno do PRONATER, com a ampliação do quadro de profissionais de ATER para 50.000, valorizando os atuais extensionistas, melhorando sua remuneração e garantindo o salário da categoria.

Voltando ao tema do congresso, a Segurança Alimentar depende da Agricultura Sustentável para a produção de alimentos. Cabe aos engenheiros agrônomos orientar o manejo das culturas utilizando-se dos conceitos de defesa sanitária vegetal, podendo ser necessário o uso de agrotóxicos.

A AEAMT reafirma sua função e compromisso de interagir com as decisões da Carta de Cuiabá para que possamos aliar o conhecimento cientifico à prática e realidade de cada região no exercício da profissão.

 

João Dias é engenheiro agrônomo, Presidente da AEAMT e, especialista em Mercado Commodities Agropecuária pela – USP