Certificação de Sistema de Alarme de Incêndio depende de tradução de normas

15 de setembro de 2014, às 16h57 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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Nos dias 12 e 13 de setembro, a Associação Mato-grossense de Engenheiros de Segurança do Trabalho (Amaest), com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) e da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-MT (Mútua-MT), realizou em Cuiabá-MT o 3º Seminário de Engenharia de Segurança do Trabalho, no auditório do Centro Sebrae de Sustentabilidade.

 

A abertura do evento contou com a palestra de Acessibilidade para Engenharia de Segurança do Trabalho ministrado pelo coordenador de Acessibilidade do Crea-MT, Givaldo Dias Campos que explanou sobre a criação de projetos arquitetônicos e urbanísticos que devem atender as questões de acessibilidade em nosso estado.

 

Para o coordenador a acessibilidade é um dever social que deve ser cumprido à risca, em todos os eixos definidos como norteadores do programa: qualificação das instalações, qualificação dos servidores e conscientização da sociedade, “o treinamento dos profissionais aqui neste seminário deve conscientizar e preparar os participantes a entenderem a realidade da nossa sociedade e o que deve ser mudado para todos terem um ambiente de trabalho seguro”, explica Givaldo.

 

FALTA CERTIFICAÇÃO NACIONAL – "Atualmente no Brasil não existe uma certificação para os componentes que compõem um Sistema de Alarme de Incêndio, pois ainda não estão disponíveis as normas ABNT referentes que indicam os aspectos construtivos, parâmetros de funcionamento e testes de cada dispositivo", afirmou o engenheiro de sistemas de segurança Renato de Araújo Lima, durante o segundo dia de palestra, sobre a Evolução dos Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio.

 

De acordo com o palestrante somente há certificação de Sistemas de Alarme na Europa e nos Estados Unidos. "Os produtos brasileiros presentes no mercado são de baixa qualidade, precisamos criar uma certificação para garantir requisitos mínimos de qualidade, mas as normas ainda estão sendo traduzidas", observou o engenheiro.

 

As normas atuais da ABNT seguem como base as normas ISO, desta forma a norma ISO 7240 é a base. Importante salientar que esta norma possui 28 partes, sendo que cada uma delas se refere a um dispositivo ou conceito. Em 2010 entrou em vigor a NBR 17240 referente a projeto de instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio baseada na parte 14 da ISO 7240.

 

O palestrante explicou que custos e possíveis prejuízos podem ser amenizados com a prevenção, mas chama a atenção para os problemas públicos. "Investir em seguro poderia ser uma solução se não fosse pelo fato de que somente 14% das cidades brasileiras possuem batalhão do Corpo de Bombeiros, isso eleva o valor do seguro significativamente. Então a saída seria a instalação de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio, que além de baratear o seguro ainda dará uma margem ainda maior de segurança ao patrimônio segurado".

 

Depois de contar a história do Sistema de Alarme de Incêndio, o engenheiro explicou como funcionam os detectores de fumaça que estão no mercado, os acionadores manuais e os elementos que devem ser analisados em um projeto de proteção contra incêndio.