Comércio e campo ainda vivem reflexo
25 de maio de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
A queda de tomada de financiamentos via BNDES, no setor do comércio, segundo o presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio), Pedro Nadaf, reflete a desaceleração da economia. Ele explica que em 2006 o valor aparece maior porque eram projetos que já vinham sendo desenvolvidos antes e foram liberados. Como naquele ano o comércio foi afetado também pela crise no campo, diminuiu a abertura de processos por novos financiamentos. Mais que isso, alguns projetos ainda foram revistos porque a projeção de lucratividade já não era a mesma.
Nadaf lembra que a tramitação de um projeto para tomada de recursos do BNDES demora em média oito meses. Por isso mesmo, ele avalia que só no final de 2007 e início do ano que vem vão aparecer os reflexos positivos da retomada do setor que começa este ano.
No caso da redução de 5,37% dos recursos liberados pelo BNDES para a agropecuária, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, não considera o índice significativo. De qualquer forma, ele frisa que existe uma certa paralisação de investimentos no setor, que enfrenta problema com endividamento por financiamentos tomados anteriormente. Uma das maiores brigas do setor tem sido para conseguir o refinanciamento das dívidas consideradas impagáveis pela perda da rentabilidade na atividade. “Nós ainda não conseguimos superar a crise. O ideal seria que houvesse crescimento nas liberações do BNDES, mas infelizmente os números refletem o problema do setor”.
O BNDES e o FCO são as principais fontes de financiamento da agropecuária, segundo Pereira. Principalmente porque os recursos da Sudam praticamente não estão sendo aplicados.(VC)
Fonte:Gazeta Digital