Confea fará grupo para debater transporte urbano

7 de agosto de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que será um dos expositores na 64ª SOEAA, no Rio de Janeiro, quer o apoio do Confea na ampliação dos debates em torno da importância do setor ferroviário para o desenvolvimento do país. “Como esse é um ramo da engenharia, é importante a participação do Confea no debate”, disse o diretor-técnico do órgão, Luiz Antônio Cosenza, que foi recebido nesta segunda, 6 de agosto, pelo presidente do Conselho, eng. Marcos Túlio de Melo, numa reunião na sede da autarquia, em Brasília.

O presidente do Confea afirmou que a saída para o transporte urbano brasileiro é a utilização da malha rodoviária e a ampliação das linhas de metrôs. “Estamos dispostos a formar um grupo para estudar o problema e contribuir com esse debate”, disse Marcos Túlio.

Acompanhado do diretor de planejamento, expansão e marketing da CBTU, Raul De Bonis, o diretor-técnico apresentou um breve diagnóstico do problema ao presidente do Conselho. Segundo ele, há perspectiva de retomada de investimentos, apesar do abandono a que foi submetida a malha ferroviária e do atraso nas construções dos metrôs de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Salvador (BA).

O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê recursos de aproximadamente R$ 1 bilhão, para a conclusão dessas obras. Os recursos serão destinados também ao projeto “Trem Padrão”, que visa fabricar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o transporte urbano e regional. O edital de licitação para a região de Recife (PE) será lançado até a próxima semana.
Com quatro vagões para o transporte de 180 passageiros cada, os trens modernos farão ligações interestaduais em distância de até 200 Km numa velocidade média de 80 km/h.

Pela estimativa da CBTU, os veículos equipados com ar-condicionado e conforto acústico custarão em torno de R$ 6 milhões. O trem de Recife será uma espécie de piloto para expandir o projeto para todo o país. “A idéia é aproveitar as malhas ociosas”, explicou o diretor Raul Bonis. A perspectiva é explorar 64 linhas no país que possuem em média 120 quilômetros cada.

Os diretores da CBTU informaram que vários grupos estrangeiros já manifestaram interesse em participar da licitação. A idéia é que eles façam consórcio com indústrias nacionais, uma vez que o BNDES exige um índice nacionalização na fabricação dos equipamentos de até 60%.

Fonte:Confea