Crea-MT dará suporte técnico à Procuradora da República
23 de fevereiro de 2014, às 18h17 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
“Logo após analisarmos o laudo da empresa Concremat que aponta os danos ocorridos no incêndio, os ensaios realizados no concreto e estruturas metálicas. Também aguardaremos um laudo conclusivo que ainda será enviado pela Secopa, onde dois pontos estão sem esclarecimentos: uma laje e uma parede que foram afetados e precisam do parecer do projetista de cálculo estrutural. Para só depois podermos dizer se os reparos foram feitos corretamente ou não”, detalha o presidente do Crea-MT, engenheiro civil, Juares Silveira Samaniego.
Para o serviço foram disponibilizados três peritos em engenharia civil e um em engenharia elétrica. Antes da realização da vistoria foi realizada uma reunião onde estiveram presente representantes da Secopa, Concremat, Mendes Júnior, Ministério Público Federal e Estadual e Crea-MT. Na oportunidade a procuradora Bianca de Araújo afirmou faltar informação tanto para o Ministério Público Federal quanto Estadual no sentido de atestar a segurança da Arena Pantanal.
“Conversamos com o secretário Maurício da Secopa, conversamos com os engenheiros da Concremat que é gerenciadora da obra pedindo um esclarecimento do que já foi feito em termos de reparo e das demandas que a gente está trazendo para eles e não foram ainda respondidas. Estão falando muita coisa na imprensa, algumas têm procedência outras não, a gente está aqui para esclarecer que o material que foi encaminhado para gente não foi conclusivo. E, que, a própria Concremat aponta no laudo dela a necessidade de cálculos estruturais a serem feitos pelo projetista da obra e agente ainda não teve acesso a essas informações. Ou seja, se a própria gerenciadora da obra aponta necessidade de mais estudos, de mais análises de cálculos estruturais é por que o laudo ainda não é conclusivo. Somente posteriormente, quando a gente tiver acesso a esses laudos conclusivos o nosso pessoal técnico com o apoio do Crea poderá ficar seguro quanto a situação do estádio”, afirmou a procuradora.
Durante a reunião o secretário extraordinário da Copa, Maurício Guimarães, recebeu em mãos o ofício do Ministério Público Federal requerendo informações detalhadas sobre a análise e cálculos estruturais envolvendo os danos causados na estrutura da Arena Pantanal, além de documentação comprobatória da realização de reparos e de que estes atendem satisfatoriamente às exigências de segurança.
Ainda durante a reunião a Secopa confirmou que houveram danos em três áreas: (1) instalação elétrica, eletrônica, dados, hidráulica, climatização e no sistema de detecção e alarme de incêndio; (2) houve desagregação do concreto da parede, teto, piso, coluna e viga; (3) brises, telas metálicas de fechamento da fachada do estádio.
O incêndio ocorreu no dia 25 de outubro de 2013. Segundo a Secopa, o fogo ficou localizado numa área de 40 metros quadrados onde estavam 20% do estoque de isopor que seria utilizado no isolamento térmico da cobertura da Arena Pantanal.