Crea-MT e Associação dos Engenheiros Florestais (AMEF) realizam curso sobre manejo integrado do fogo e perícia em incêndios florestais

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) e a Associação dos Engenheiros Florestais (AMEF) realizaram, nesta quinta-feira (24) e sexta-feira (25), um curso sobre manejo integrado do fogo e perícia em incêndios florestais, no Plenário da sede do Conselho. O evento trouxe palestras ricas em conhecimento para aprimorar as habilidades do uso do fogo. O curso também contou com o apoio da Mútua-MT.

Participaram do evento, o presidente do Crea-MT eng. civil Juares Samaniego, o presidente da AMEF eng. florestal Diogo Baicere, vice-presidente da AMEF eng. florestal Cícero Ramos e a diretora administrativa da Mútua-MT Suzan Lannes.

Com 16 horas de duração, a formação abordou temas como comportamento do fogo, tipos de incêndio, técnicas de combate, perícia e avaliação de danos. A proposta foi unir teoria e prática para preparar profissionais para lidar com diferentes contextos, desde a prevenção até a produção de laudos.

Durante a aula, o professor e engenheiro florestal Erwin Hugo Ressel Filho ressaltou que o manejo do fogo “não precisa ser polêmico”. Segundo ele: “é uma ferramenta, e temos que, através do conhecimento, mostrar que devemos e podemos utilizá-la”. Também reforçou a importância do planejamento: “Não tem como colocar para-raios em toda floresta. Causas naturais acontecem. A primeira coisa é entender isso.”

Um dos pontos mais enfatizados pelo engenheiro foi a prevenção.

“Não adianta fazer prevenção só na véspera. Precisa ser o ano todo. Palestras em escolas, por exemplo, são essenciais, as crianças crescem com noção do impacto do fogo”, afirmou o professor.

Ele também alertou para os riscos do combate direto e incentivou os profissionais a conhecerem bem suas condições antes de escolher uma técnica  que seja adequada à sua realidade.

Na parte sobre perícia, chamou atenção para a importância da mobilização rápida em campo. “Tem equipe que leva 5 minutos para reagir a uma ocorrência. Com estudo e prática, esse tempo pode cair para 2. Isso faz diferença”, disse.

A diretora administrativa da AMEF engenheira florestal Saionara Vera Fischer, contou sobre sua experiência na capacitação.

 “Já participei de vários cursos, mas esse está sendo diferente. O professor compartilha o conhecimento com abertura, responde nossas perguntas com clareza, sem aquele tom comercial que às vezes aparece. É conteúdo que realmente vai ser usado no dia a dia”.

O encerramento da capacitação foi marcado por exemplos vividos pelo prório Erwin Ressel, que acrescentaram de maneira prática no evento da AMEF.

Texto: Maria Cecília Borges