Crea-MT entrevista 1° mulher empossada como presidente da AMEE
3 de fevereiro de 2023, às 15h52 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Neste mês de fevereiro o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) a entrevista mensal é com a 1° engenheira mulher a ocupar a cadeira de presidente da Associação Mato-Grossense dos Engenheiros Eletricistas (AMEE). Graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade de Federal de Mato Grosso (UFMT) em 1999, e especializada em Caracterização de Materiais, também pela UFMT em 2010 e em Segurança no Trabalho pela Universidade de Cuiabá (Unic) em 2014, a Eng. eletricista Adriana Dussel já atuou na elaboração de Projetos e Execução, bem como no Departamento Regional do Mato Grosso, SENAI/DR/MT, além de lecionar na UNIC e no Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG).
Gecom– Por ser a primeira mulher a presidir a AMEE, qual a sensação de estar representando as mulheres da modalidade de Engenharia Elétrica de Mato Grosso?
Adriana- É uma grande alegria e muita responsabilidade, já que a primeira será sempre lembrada. Espero ser referência, principalmente pelo comprometimento, ética e fortalecimento da AMEE.
Gecom- Quais as demandas futuras a frente a entidade de classe?
Adriana- Aumentar o número de Associados comprometidos e com sentimento de pertencimento a AMEE. Criar Grupos de Trabalhos para elaboração de uma tabela de honorários, atualização do estatuto e buscar benefícios aos associados.
Gecom- Quanto tempo existe a AMEE? E quantos associados existem nela?
A AMEE têm 41 anos de existência. Sei porque fui homenageada nas quatro décadas da entidade. Na nossa cerimônia de posse foi falado pela gestão anterior na qual estavam 450 associados.
Gecom- O que faz um engenheiro eletricista?
Adriana- Resolve problemas relacionados a área de elétrica e de tecnologia em geral. Traz conforto e segurança que o uso da eletricidade proporciona. Concordo que os médicos salvam vidas, mas se torna muito mais fácil com energia e tecnologia elétrica. A presença deste profissional também é fundamental para a redução das mortes por choque elétrico (atualmente Mato Grosso ocupa o terceiro lugar em mortes por acidentes de origem elétrica).
Gecom- Atualmente, como está o mercado de trabalho para o engenheiro eletricista?
Adriana – Os formandos do UNIVAG, onde sou professora, estão todos empregados, incluindo os que colarão grau dia 03/02/2023 (sexta-feira). Porém, nos últimos anos muitos eletricistas têm se tornado empreendedores devido à demanda de projetos, principalmente a energia solar fotovoltaica.
Gecom- Em quais áreas o profissional pode atuar?
Adriana – Automação e controle, computação, telecomunicações, eletrônica, etc. (Fazem parte da Associação 14 áreas de atuação em elétrica e tecnologia).
A minha área de atuação é eletrotécnica, com grandes projetos de distribuição como a execução da cidade de Guariba/MT, projeto e execução do Distrito de Nova União, em Cotriguaçu/MT, além de levar energia para diversos assentamentos em MT.
Gecom- Falam muito em energias renováveis, temática que está presente na grade curricular do curso. Há outras tendências para a área se destacar?
Adriana- Ninguém vive sem eletricidade e tecnologia, há um aumento de novos elementos consumidores como o carro elétrico entre inúmeros outros, e o sistema elétrico está em constante expansão. Além disso, as residências, indústrias e até mesmo o sistema elétrico de potência tem demandado o conforto e segurança proporcionado pela automação e controle.
Cristina Cavaleiro/ Gerência de Relações Públicas, Marketing e Parlamentar (GEMAR)