Curso de Engenharia Florestal da UFMT completa 50 anos e AMEF promove atividades em comemoração ao aniversário

10 de dezembro de 2024, às 15h02 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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O curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) celebrou seu jubileu de ouro, completando 50 anos desde a fundação. Ao longo dessas cinco décadas, professores e técnicos formaram 1.496 engenheiros florestais. Com isso, a Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais (AMEF) também comemorou seus 45 anos de atuação no estado, promovendo atividades diversas durante todo o ano.

A criação da Faculdade de Engenharia Florestal surgiu como resposta à escassez de madeira na região Centro-Sul do Brasil, ao impulso de políticas para a expansão da atividade madeireira em Mato Grosso e à integração da Amazônia. Estes fatores evidenciaram a necessidade de formar engenheiros florestais na região, o que resultou na criação do curso na UFMT em 14 de novembro de 1974, com as atividades iniciando em 1975.

O curso foi oficialmente reconhecido pelo Governo Federal em 28 de junho de 1979, por meio do Decreto nº 83.657. O objetivo inicial era formar profissionais capacitados para o planejamento, implantação, manejo e exploração de florestas e recursos naturais renováveis, atendendo à demanda da sociedade por bens e serviços com qualidade e quantidade.

Os cursos de Engenharia Florestal surgiram na América Latina graças à Sub-Comissão sobre Florestas Inexploradas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Essa iniciativa foi motivada pela importância ambiental e econômica das florestas nativas no período pós-guerra, visando a produção de produtos florestais como madeira e energia.

No Brasil, a criação da Escola Nacional de Florestas em 1960 marcou o início do desenvolvimento do setor florestal no país. Com o apoio da FAO, foi estabelecido o primeiro curso de Engenharia Florestal, inicialmente em Viçosa-MG, e depois transferido para Curitiba, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1963.

A engenharia florestal foi fundamental para a evolução do Código Florestal de 1965, que aprimorou a legislação anterior (de 1934), estabelecendo que a exploração das florestas da Amazônia só poderia ocorrer mediante planos técnicos de manejo, proibindo a exploração empírica das florestas nativas.

Atualmente, o curso de Engenharia Florestal é oferecido em Cuiabá e em outras cidades do estado, como Alta Floresta pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Sinop pela UFMT, Cáceres pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e Jaciara pela Eduvale.

 

AMEF completa 45 anos

 

A AMEF, fundada em 1979, teve como primeiro presidente o engenheiro florestal José Maria de Oliveira Machado. Reconhecida como referência para a categoria, a associação atua como representante dos engenheiros florestais junto ao Crea-MT e outras entidades como a Secretaria de Meio Ambiente (SEMA-MT) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), além de reafirmar seu compromisso com a sociedade, promovendo o manejo e uso sustentável das florestas.

Como parte das celebrações pelos 45 anos, a AMEF promoveu uma série de atividades ao longo deste ano, incluindo capacitações e palestras técnicas para seus associados e participação junto aos estudantes de Engenharia Florestal. Essas iniciativas tiveram o objetivo de aprimorar o conhecimento técnico da categoria e estimular a formação de novos profissionais, fortalecendo ainda mais a atuação dos engenheiros florestais em Mato Grosso.

Os engenheiros florestais desempenham um papel essencial na gestão dos recursos florestais, sendo fundamentais para o desenvolvimento e ordenamento territorial e ambiental. Em Mato Grosso, com mais de 5 milhões de hectares de florestas manejadas, esses profissionais são responsáveis pelos projetos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) e pela cadeia produtiva da madeira. Sua atuação abrange também prefeituras, órgãos estaduais e federais, além de instituições de ensino superior.

 

Texto: Assessoria de Comunicação do CREA-MT.