Déficit habitacional chega a 7,9 milhões
6 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
O Brasil comemora recordes de aplicação de recursos no crédito imobiliário – de R$ 20,3 bilhões, em 2006 -, mas o investimento ainda é insuficiente para provocar uma redução significativa do déficit habitacional no país, de 7,9 milhões de moradias. Este é o diagnóstico do estudo “O crédito imobiliário no Brasil”, elaborado pela FGV Projetos, consultoria da Fundação Getúlio Vargas.
“O sistema é capaz de financiar apenas um terço da demanda por novas unidades. Mesmo a todo vapor, ele ainda está muito aquém das necessidades”, afirma o coordenador do projeto, Fernando Garcia. Para que o setor imobiliário receba mais investimentos e, assim, contribua para alavancar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – como deseja o governo federal – será necessário que se atualize o modelo do crédito oferecido, alerta o estudioso.
Uma das sugestões é ampliar as fontes de recursos para o financiamento habitacional. Hoje, elas estão concentradas no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e carteiras hipotecárias dos bancos.
Segundo o levantamento, o Brasil ampliou muito pouco o investimento em capital habitacional nas últimas décadas. Passou de R$ 200, em 1970, para R$ 500 por habitante, em 2005. No mesmo período, a Coréia do Sul, por exemplo, passou de US$ 200 para US$ 800 por habitante.
“O desafio social vai ser atingir a faixa de renda de zero a seis salários mínimos, mas a experiência internacional mostrou que é possível”, afirma Garcia.
Fonte: Gazeta Digital