Dia Mundial do Meio Ambiente – Profissões da área tecnológica contribuem para preservação ambiental

5 de junho de 2012, às 15h34 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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A criação do Dia Mundial do Meio Ambiente se deu em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas, onde se discutiu sobre a poluição do ar, do solo e da água; desmatamento; diminuição da biodiversidade e da água potável ao consumo humano, destruição da camada de ozônio, destruição das espécies vegetais e das florestas, extinção de animais, dentre outros.

Diariamente uma enorme quantidade de lixos é descartada, como sacos, copos e garrafas de plástico, latas de alumínio, vidros em geral, papéis e papelões, causando a destruição da natureza e a morte de várias espécies de animais. A política de reaproveitamento do lixo urbano ainda é muito fraca. Muitos municípios ainda não adotam a coleta seletiva, o que contribui para o aumento da poluição, pois vários tipos de lixos tóxicos, como pilhas e baterias são descartados de qualquer forma, levando à absorção dos mesmos pelo solo e a contaminação dos lençóis subterrâneos de água.

Em compensação, em outros setores a população conscientizada quanto aos males causados pela poluição ao meio ambiente é crescente. Na construção civil os conceitos de sustentabilidade vem se popularizando com o uso de madeiras que causam menos impacto ambiental, uso racional dos recursos hídricos, alternativas que resultam em certificações ambientais às empresas, valorizando os seus empreendimentos.

Já no campo o sistema de logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos, formado por agricultores, fabricantes, canais de distribuição, contribui fortemente para o destino ambientalmente correto de embalagens dos produtos consumidos nas lavouras. Em 2011, mais de 34 mil toneladas de embalagens de insumos foram retiradas do campo, sendo o Estado de Mato Grosso um dos campeões em destinação correta, com a retirada de mais de 97% das embalagens vazias de agrotóxicos, o equivalente a 6 mil toneladas, de acordo com informações do Conselho Estadual das Associações das Revendas de Produtos Agropecuários de Mato Grosso, responsável pelo recebimento de 80% desse montante.

Segundo números do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área preservada em Mato Grosso corresponde a 62% do território estadual (56,02 milhões de hectares), sendo que deste total 2/3 estão nas propriedades rurais (36,97 milhões de ha) e 1/3 (19,05 milhões de ha) em áreas protegidas, como Unidades de Conservação e Terras Indígenas. A área considerada produtiva em Mato Grosso equivale a 38%, sendo 32,41 milhões de hectares com produção agropecuária e 1,89 milhão de hectares destinados a outras ocupações.

Para o conselheiro do Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) pelo Crea-MT, Joaquim Paiva de Paula, “o uso de tecnologias possibilita que a produção do Estado continue crescendo, mantendo o Estado bastante equilibrado no contexto ambiental. Além do potencial na produção de grãos e de carne é importante ressaltar que mais de 80% da produção madeireira de Mato Grosso advém das áreas de manejo.”

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), Juares Samaniego, lembra que muitas das profissões ligadas ao Crea são profissões que tem compromisso com as legislações ambientais. “Só há uma forma de garantir a defesa do meio ambiente e dos recursos naturais: produzir com eficiência e de maneira sustentável, e quem pode projetar, orientar e acompanhar os processos produtivos são os profissionais legalmente habilitados, por possuírem o conhecimento e as ferramentas legais e fundamentais como a receita agronômica, o plano de manejo, entre outros.”

*Josemara Zago
Gecom/ Crea-MT

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