Empresa é multada por causar mortadade de peixes em Rondonópolis (MT)
8 de março de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
A empresa Sulina Comércio de Óleos foi multada pelo Ibama em mais R$ 100 mil por causar mortandade de peixes no Córrego Queixada, na área urbana de Rondonópolis, em função de um vazamento de óleo vegetal no dia 22 de janeiro. Inicialmente, a empresa pagou multa de R$ 100 mil por funcionar sem licenciamento ambiental e R$ 900 por não possuir registro no Ibama. Além das multas, a empresa continua embargada e o relatório sobre o crime ambiental será encaminhado ao Ministério Público do Estado.
Segundo o analista ambiental do Ibama, Cendi Ribas Berni, a multa por mortandade de peixes foi aplicada após a conclusão das análises dos danos ambientais causados pela empresa, na região do Córrego Queixada. “Pela análise, ficou constatado que o vazamento de óleo foi responsável por provocar uma grande mortandade de peixes e outros danos ao meio ambiente”, explicou.
As análises foram realizadas pela empresa Aqua Análise, de Cuiabá, com a intenção de dimensionar os danos que foram provocados ao solo, fauna e flora da região, com o vazamento de óleo.
Ainda conforme o chefe do escritório do Ibama em Rondonópolis, Ivan Paulo Ortiz Pereira, a empresa Sulina permanece embargada. “A empresa atendeu alguns requisitos (alterações nas lagoas de decantação), porém continua embargada”, ressaltou.
O acidente no Córrego Queixada foi causado por um vazamento de óleo vegetal da lagoa de decantação, que não atendia às especificações ambientais, mas, mesmo assim, era mantida pela empresa.
O Ibama chegou ao local somente dois dias depois do acidente, que aconteceu no dia 22 de janeiro, quando um fazendeiro da região denunciou que peixes estavam aparecendo mortos no córrego, a três quilômetros do local do vazamento. Depois de uma vistoria, o Ibama embargou a empresa, que somente poderá voltar a funcionar após obter o licenciamento ambiental e promover alterações nas lagoas de decantação. Naquela ocasião, a equipe de emergências ambientais do Ibama esteve na cidade para coletar materiais – amostras de água, do solo e peixes – e enviá-los para análise.
No local, o Ibama encontrou grande quantidade de peixes e alevinos mortos, em uma lagoa formada pelo Córrego Queixada, que é considerado uma ‘lagoa berçário’, onde os peixes sobem para desovar. A estimativa era de que o óleo teria provocado a morte de pelo menos 50 peixes por m2, além de queimar a vegetação localizada nas proximidades do local do vazamento. O acidente ambiental no Córrego Queixada foi considerado pelos órgãos ambientais como um dos maiores já verificados em Rondonópolis.
Fonte: 24 Horas News.