Eng. Florestal associado da AMEF vence torneio no 1º Encontro de Identificadores de Árvores Nativas da Amazônia
25 de setembro de 2024, às 18h59 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Entre os dias 19 e 21 de setembro, foi realizado em Alta Floresta-MT o 1º Encontro de Identificadores de Árvores Nativas da Amazônia. Este evento inédito na região foi promovido pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA-MT), em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). As atividades aconteceram no auditório do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e foram conduzidas pela engenheira florestal Gracialda Ferreira, que é pesquisadora e diretora do Instituto de Ciências Agrárias da UFRA.
O objetivo deste encontro foi fortalecer a rede de identificadores de árvores e aprimorar a coleta botânica e de madeira, além de melhorar os inventários florestais, promovendo práticas florestais mais sustentáveis e eficientes, observa o presidente do CIPEM, Ednei Blasius.
Atualmente Mato Grosso detém 5,020 milhões de hectares de florestas nativas, contidas em áreas de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), com potencial para chegar a 6 milhões (ha). Por meio de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) é possível administrar as florestas em sinergia com a conservação ambiental, ao equilibrar a colheita de espécies arbóreas adultas devidamente autorizadas pelos órgãos ambientais competentes. Com o planejamento e colheita seletiva das espécies arbóreas autorizadas fica assegurado que a capacidade de regeneração da floresta não será comprometida. O manejo florestal envolve o monitoramento contínuo das condições da floresta e a avaliação da eficácia das práticas de manejo implementadas.
A Superintendente de Gestão Florestal da SEMA-MT, engenheira florestal Tatiana Marques de Arruda, classificou o Primeiro Encontro de Identificadores de Árvores como um marco para a atividade florestal e para a pesquisa botânica, possibilitando proceder à identificação das espécies arbóreas com mais assertividade. “É fundamental para garantir a sustentabilidade da biodiversidade da flora de Mato Grosso e precisão dos inventários florestais, garantindo segurança e eficiência nos licenciamentos, bem como preservação e conservação do meio ambiente”
Os participantes tiveram a oportunidade de mostrar suas habilidades na coleta e identificação de árvores do bioma amazônico. No encerramento, no dia 21, um grupo de dez jurados experientes na área florestal avaliou as competências dos inscritos na identificação correta de espécies arbóreas comerciais. O torneio, realizado na Fazenda Vaca Branca, consagrou como vencedor o engenheiro florestal Matheus Xavier, associado da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais.
De acordo com Xavier, para quem trabalha com identificação botânica e busca melhorar a qualidade do manejo florestal este evento é um dos pilares atualmente. “O encontro reúne especialistas, tanto de Mato Grosso quanto de outros estados, além de taxonomistas renomados, para discutir temas relacionados à identificação botânica. Para quem atua nessa área, é uma oportunidade incrível de interagir com especialistas de diversos grupos, não apenas de árvores, mas também de outros vegetais, enriquecendo o conhecimento de forma integrada”.
O presidente da AMEF, Diogo Baicere, parabenizou o CIPEM pela realização deste importante evento, que reuniu representantes do setor florestal, pesquisadores, profissionais de campo, engenheiros florestais e, claro, o vencedor do torneio, o engenheiro florestal Matheus Xavier.
Texto: Coordenador nacional da Câmara Especializada de Engenharia Florestal (CEEF) Cícero Ramos. Fotos: AMEF.