Engenheiro Ambiental Bento Gonçalo fala sobre perspectivas e desafios da profissão
2 de outubro de 2017, às 14h29 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos
O engenheiro Ambiental Bento Gonçalo da Silva, de 42 anos, nasceu em Cuiabá e atualmente reside na cidade de Várzea Grande. Cidadão com espírito de luta, preocupado com as causas ambientais, um batalhador em busca de novos desafios e oportunidades, Bento optou por fazer o curso de Engenharia Ambiental, área que tem grande demanda de atuação tanto na capital, quanto no interior do Estado. Além da dedicação a profissão, o engenheiro destina parte de seu tempo a sua família e sempre que possível, pratica atividades esportivas, como futebol e corrida.
1 – Onde e quando se formou e, o que lhe motivou a fazer o curso de Engenharia Ambiental?
Me graduei em Engenharia Ambiental pelo Centro Universitário UNIVAG, em Várzea Grande. A escolha veio por ser um curso novo no mercado de trabalho, com grande perspectiva de crescimento na área de atuação profissional.
2 – Conte-nos um pouco de sua trajetória profissional como engenheiro ambiental?
Por ser um engenheiro formado a pouco tempo, acredito que já conquistei muitas coisas, pois participei de vários trabalhos, além de atuar em um escritório de engenharia e consultoria em Várzea Grande. Me sinto realizado por tudo que conquistei até agora, numa profissão de grande importância para a sociedade, já que é um ramo da engenharia dedicado a analisar impactos ambientais e propor soluções para alcançar o desenvolvimento sustentável.
3 – Hoje como está sua atuação e qual a abrangência da engenharia ambiental no mercado de trabalho mato-grossense?
O curso de Engenharia Ambiental no estado de Mato Grosso pode ser considerado um dos mais “jovens”, porém a demanda por profissionais dessa área está em total crescimento. É sabido que a questão ambiental hoje é considerada um dos principais problemas para a gestão pública e, o engenheiro ambiental vem como um profissional capacitado para desenvolver projetos e aplicar técnicas que minimizam impactos. Assim, o mercado de trabalho vai se ampliando nas áreas pública e privada.
4 – Quais foram as maiores dificuldades que você enfrentou no mercado de trabalho?
Uma das principais dificuldades encontradas é a falta de conscientização sobre a importância dos serviços prestados pelo engenheiro ambiental.
5 – O que você acha que é necessário para que a Engenharia Ambiental se consolide no mercado, levando em conta que se trata de um curso novo, criado em 1995?
O engenheiro ambiental é habilitado a propor soluções socialmente justas e ecologicamente corretas para os problemas ambientais como poluição dos rios, do ar, descarte do lixo, aquecimento global, entre outros. Pode ser contratado pela iniciativa privada, órgãos públicos e o terceiro setor. Sendo assim, é necessária uma maior valorização desse profissional. Acredito que com a degradação e os processos produtivos cada vez mais ameaçando a qualidade de vida, os órgãos poderiam solicitar que se tivesse um engenheiro ambiental em cada empresa ou que tivesse uma assessoria dos profissionais capacitados para estes desafios.
6 – Esta semana o Confea traz a Cuiabá o 5° Preparatório para o Fórum Mundial das Águas, em evento que reunirá profissionais, especialistas, pesquisadores e estudantes para debater e propor caminhos que irão contribuir como Fórum Mundial das Águas que acontecerá ano que vem, em Brasília. Qual a importância da participação em um evento como este?
Este evento será de grande importância não somente para Cuiabá como para todo o Estado de Mato Grosso, por se tratar de um recurso essencial para a vida, porém, a água é um recurso finito e precisamos nos alertar principalmente sobre a maneira errônea e exagerada relacionado a seu uso. Infelizmente já tivemos em 2014, no Estado de São Paulo, uma crise hídrica que certamente deixou um alerta a toda população brasileira e, um evento dessa magnitude em nossa cidade, servirá para ajudar ainda mais os profissionais em todos os seguimentos, pois somente com a conscientização conseguiremos medidas mitigadoras em relação à crise hídrica que já surte efeitos em todo o Mundo.
7 – Como você vê, como engenheiro registrado e habilitado no Conselho, a participação em uma entidade de classe?
Acredito que uma entidade forte, ajuda todo o Conselho e possibilita mais representatividade para as categorias que compõe as discussões dentro da Plenária.
8 – Para finalizar, qual recado você gostaria de deixar aos graduandos de Engenharia Ambiental e aqueles que pretendem cursar Engenharia Ambiental?
Persista, a luta é imensa, porém o êxito depende somente de suas atitudes e da maneira como você conduz a mesma e, lembre-se da importância das parcerias, pois sozinho você vai, mas junto, você vai mais longe.