Entenda como a engenharia move a indústria do chocolate na Páscoa

20 de abril de 2025, às 7h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Neste 20 de abril é comemorada a Páscoa, o feriado religioso que, com o tempo, também foi marcado pela cultura do consumo de chocolate. Por trás desse símbolo popular existe um trabalho técnico e preciso das engenharias, que atuam em todas as etapas, do cultivo do cacau até a distribuição dos ovos. O Crea-MT te explica um pouco dessa cadeia e como os profissionais da engenharia fazem parte dela.

O processo começa no campo, onde o cacau, principal matéria-prima do chocolate, é cultivado. No Brasil, os maiores produtores estão na Bahia, no Pará e em Rondônia. Segundo o IBGE, o país é o sexto maior produtor mundial de cacau. A engenharia agronômica é essencial desde o início. Os agrônomos atuam no manejo sustentável das lavouras, utilizando tecnologias para aumentar a produtividade, garantir a qualidade dos grãos e enfrentar os impactos das mudanças climáticas. Sistemas de irrigação e técnicas de conservação do solo fazem parte desse trabalho, com foco na produção de longo prazo.

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Lavoura de Cacau no sul da Bahia | Foto: Reprodução

Depois da colheita, o cacau passa por processos industriais como fermentação, torrefação e moagem. Aqui, engenheiros de alimentos e engenheiros químicos são responsáveis por controlar variáveis como temperatura e umidade, que influenciam diretamente no sabor e na qualidade final do chocolate. Um exemplo é a conchagem (etapa que define a textura e suaviza o sabor do produto) que exige precisão e equipamentos adequados.

Logística de produção dos ovos de páscoa | Foto: Reprodução

Com a Indústria 4.0, a produção de chocolate passou a usar tecnologias como sensores, automação e controle remoto. Isso permite monitorar a qualidade em tempo real, reduzir perdas e manter a padronização, o que é crucial em períodos de alta demanda como a Páscoa. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, o mercado de tecnologias industriais no Brasil pode ultrapassar US$ 500 bilhões até 2028.

A engenharia de produção e a engenharia logística são indispensáveis para o transporte do chocolate, especialmente em regiões quentes como o Centro-Oeste. Controlar a temperatura, evitar perdas no armazenamento e definir rotas eficientes fazem parte da rotina desses profissionais. Na Páscoa, quando a demanda cresce, esse trabalho se torna ainda mais estratégico.

A indústria do chocolate também investe em inovação e sustentabilidade. Um exemplo são as embalagens biodegradáveis feitas a partir de fécula de mandioca e amido de milho. Essa frente é desenvolvida com participação de engenheiros químicos, engenheiros de alimentos e pesquisadores em materiais.

Por trás do chocolate, há um trabalho técnico, detalhado e muitas vezes invisível. Da lavoura ao produto final, os engenheiros e engenheiras são responsáveis por garantir que tudo funcione como deve ser, inclusive quando a demanda é cultural, como a da Páscoa. O Crea-MT valoriza e reconhece a atuação desses profissionais!

Texto: Maria Cecília Borges