Exportação de frango possui melhor semestre de todos os anos

17 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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As exportações brasileiras de frango atingiram volume, receita e preço recordes no primeiro semestre deste ano, o que surpreendeu o setor. Os números bateram os do primeiro semestre de 2005, considerado excepcional pela indústria, anteriores ao surto de gripe aviária que reduziu o consumo em diversos países em 2006.

De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), os embarques atingiram 1,544 milhão de toneladas no primeiro semestre, aumento de 24,4% sobre o mesmo período de 2006. A receita cambial no período foi US$ 2 145 bilhões, com incremento de 47% no período. No primeiro semestre de 2005, o volume embarcado foi de 1,351 milhão de toneladas e a receita atingiu US$ 1,521 bilhão.

O melhor desempenho da receita com relação aos embarques deve-se ao preço recorde alcançado pela carne de frango exportada pelo Brasil no primeiro semestre, de US$ 1,51 o quilo. Neste valor estão embutidos a alta provocada pela demanda aquecida no mercado internacional e o aumento dos preços do milho, um dos principais insumos na produção do frango. “É o maior preço de todos os tempos, mas em contrapartida temos um câmbio muito fraco”, compara o presidente interino da Abef, Christian Lohbauer. O câmbio médio do semestre ficou em R$ 2,04, segundo a Abef, ante R$ 2,18 em 2006 e R$ 2,44 em 2005.

Diante do desempenho verificado nos seis primeiros meses do ano, Lobhauer acredita que as projeções iniciais da entidade para 2007 serão superadas. Ele entretanto, não divulga novas estimativas.

Os embarques para a União Européia (UE) e o Oriente Médio puxaram o resultado do semestre e compensaram com folga a queda nas vendas para a Rússia, quarto maior comprador individual de carne de frango brasileira. Os embarques para a UE somaram 271 475 toneladas, alta de 53,7% ante o primeiro semestre de 2006. A receita foi de US$ 576,7 milhões. Ao Oriente Médio foram 461,8 mil toneladas (+56,2%) e a receita ficou em US$ 573,8 milhões (+83,2%). Para a Rússia, os embarques caíram 13,2% para 88.361 t, mas a receita subiu 13% para US$ 115,74 milhões.

Fonte:Gazeta Digital