Feiras de turismo podem gerar US$ 80 mi para o Amazonas
7 de março de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Atrair investimentos para o PIM e captar operações que consolidem o mercado do turismo local. Com estes objetivos, o ACVB (Amazonas Convention & Visitors Bureau), em parceria com a Suframa, Amazonastur e o trade, vai apresentar o destino Amazonas em seis feiras internacionais neste mês que poderão representar um aporte de recursos superior a US$ 80 milhões ao Estado, conforme a diretoria executiva da entidade.
Os eventos, divulgados durante a reunião do Fórum Estadual de Turismo, atraíram cerca de 30 empresários do PIM (Pólo Industrial de Manaus), cujo interesse em participar junto a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) demanda para o estreitamento de relações comerciais com o exterior e na divulgação das potencialidades da indústria e comércio.
Setores responsáveis
De acordo com a diretora-executiva da ACVB, Adriana Papa, além do incentivo ao turismo do Estado, a indústria e o comércio do Amazonas desempenham papel crucial no desenvolvimento econômico e social, uma vez que a prosperidade resultante desses segmentos da economia estimula a boa imagem do destino. Os produtos e subprodutos turísticos do Estados, segundo a executiva, serão mostrados em duas bolsas de negócios, a ITB, na Alemanha, e a BNTM, em Recife, além da Expocomer (Panamá), TUR (Suécia), SeaTrade Cruise Shipping Convention (Estados Unidos) e Braztoa (São Paulo), feiras para as quais são esperados o volume total de negócios a médio e longo prazo em torno de US$ 80 milhões.
Artesanato regional, produtos e serviços hoteleiros, cultura e civilização amazônida através de filmes promocionais, essências e produtos aromatizantes, frutas regionais, pescado e alimentos/bebidas (doces, biscoitos e licores) deverão ser alguns dos subprodutos expostos naqueles países.
Recursos disponibilizados
Adriana Papa explicou que uma vez concretizados todos os objetivos do Bureau, é bem possível que sejam injetados em até oito meses cerca de US$ 50 milhões na economia do Estado, recursos vindos do turismo.
“Esse valor poderá receber mais 60% proveniente de investimentos de acordos comerciais que de certa forma influenciam também no desenvolvimento da cadeia turística do Amazonas”, acrescentou a diretora.
Ministério do Turismo aloca verba ao AM
Segundo a presidente da Amazonastur, Oreni Braga, a atividade turística local ganhou o aporte de R$ 88 milhões do Ministério do Turismo, neste ano, que serão investidos para potencializar a vocação de Manaus como destino turístico de evento e proporcionar retorno financeiro das bandeiras de hotéis e resorts interessados em investir na cidade. “O Estado do Amazonas é conhecido no mundo todo e dispensa maiores apresentações onde quer que seja. Mas temos que apresentá-lo não apenas como destino de aventura radical no meio da selva.
Turistas gostam de segurança, conforto e bom atendimento. A soma dessas três coisas fideliza qualquer turista”, disse Oreni Braga.
Para o gerente-geral do Tropical Hotel, Gustavo Jarussi, as feiras são palcos para negócios e também para consolidação da imagem do país no exterior. Segundo ele, os contatos realizados durante esses eventos acabam sempre resultando em um eficiente conjunto de ações para a promoção turística internacional.
“O turismo é uma construção de ações, valores e posturas. Quando se fala em desenvolvimento do turismo, é necessário se pensar em várias fases. Começa por um procedimento local, capacitação, infra-estrutura, marketing, pessoas preparadas, gestão interna do turismo do Estado. A partir daí, se começa a analisar o mercado, que vai mostrando quais são as possibilidades”, completou Jarussi.
Atividade turística
Gustavo Jarussi explicou que se houver a compreensão política da importância do turismo como um dos carros-chefe da economia do Estado será possível investir mais na atividade. “Sempre digo que o turismo não faz milagres. Precisamos de investimentos em todos os setores: estradas, telefonia, água tratada, energia.
O turismo se permeia por várias áreas e vai desde o produtor rural até o empresário que trabalha com agências. Começa no atendimento dentro do avião, antes mesmo de pousar que deve fazer a diferença na hora de mostrar para o turista o que o Amazonas tem de melhor. Só assim se começará a agregar valor e incentivar de fato essa atividade no Estado”, asseverou.
Fonte: Jornal do Commercio.