Fogo avança e atinge municípios de MT

5 de setembro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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Brigadistas vão tentar cercar hoje pela manhã o fogo em Chapada dos Guimarães para impedir o avanço da queimada no Parque Nacional. Na noite desta terça-feira, eles não conseguiram trabalhar devido ao vento forte que ajudou a espalhar as chamas. Os brigadistas tiveram que supender as atividades.

Os moradores da região estão assustados com os focos que atingem cada vez o Parque Nacional de Chapada. De acordo com o gerente executivo do Ibama, Paulo Meier, as equipes de trabalho, compostas por mais de 100 homens entre bombeiros, agentes da Defesa Civil e voluntários estão realizando revezamento durante a madrugada. “O esforço físico é muito grande”, disse.

Três técnicos do Ibama de Brasília, especialistas em combate a incêndios florestais, estão em Mato Grosso. Eles vão auxiliar os brigadistas do Estado no combate às queimadas em Chapada dos Guimarães. O incêndio já atingiu o Morro de São Gerônimo, um dos cartões-postais do parque. Segundo técnicos, este é o maior incêndio no local nos últimos quatro anos e já atingiu 3 mil hectares da área. Devido ao vento, a fumaça se desloca cada vez mais em direção da Grande Cuiabá.

Apesar de um helicóptero que já está sendo usado no combate ao fogo, os técnicos do Ibama vão utilizar também uma piscina com capacidade para 10 mil litros de água, que pode ser acoplada ao helicóptero para tentar apagar os focos de queimada. Os equipamentos chegaram ontem na capital.

Os focos de calor também atingem cada vez mais as cidades do interior de Mato Grosso. A paisagem tem sido a mesma nos últimos dias: fogo e fumaça.

<b<Sinop

As aulas no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foram suspensas no município de Sinop por causa de um novo incêndio na Reserva Florestal que fica ao lado da Universidade. Devido à fumaça, os alunos tiveram que abandonar as salas de aula. O local de estacionamento para motos chegou a ser atingido pelo fogo.

Na confusão, um porco-espinho que fugia do incêndio acabou ferindo uma estudante. Em uma creche que fica ao lado da UFMT, as aulas também foram suspensas. Os funcionários que trabalham no local, estão tendo problemas respiratórios devido às queimadas.

Esta é a segunda vez, em menos de uma semana, que ocorre uma grande queimada na Reserva Florestal. A situação é considerada grave e a população está reclamando devido à falta de providência das autoridades referente à situação. “Nós reclamamos e os bombeiros disseram que não poderiam atender”, disse um morador.

Já os bombeiros dizem que não atendem ocorrências de incêndio que não estejam colocando vidas humanas em risco. O secretário de meio ambiente do município, Alexandre Piccin, afirmou que a responsabilidade pela conservação da reserva da UFMT é da Universidade, que pode ser notificada por não ter tomado medidas para conter o incêndio.

Segundo o diretor da UFMT, Marco Antônio Pinto, a Universidade não tem estrutura para fazer ações de preservação e combate a incêndios.

Tangará da Serra

Nesta terça-feira, a umidade relativa do ar caiu para menos de 15%, semelhante ao que ocorre em desertos. A cidade está encoberta pela fumaça. A recomedação para amenizar os problemas é beber muita água, evitar exposição ao sol e usar filtro solar.

Os Estados de Mato Grosso, o sul do Pará e Rondônia concentram cerca de 80% dos focos de calor registrados no país. De acordo com a meteorologia, não há expectativa de chuva em nenhuma região do Estado.

Fonte:TVCA