Fundação vai mapear ocupação na Serra do Mar em SP
8 de março de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
Até março de 2008, será possível saber a que ponto chegou a ocupação humana em cerca de 340 mil hectares de áreas protegidas da Serra do Mar no Estado de São Paulo. Equipes da Itesp – Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo estão a campo, fazendo o levantamento das áreas ocupadas e o cadastramento dos moradores.
Os técnicos fundiários irão palmilhar grande parte da faixa litorânea do Estado, desde Cananéia, no extremo sul, até o litoral norte. A formação geológica que separa o litoral do planalto paulista concentra também parte substancial da Mata Atlântica remanescente.
O mapeamento vai fornecer subsídios para que a Secretaria do Meio Ambiente desenvolva políticas de preservação adequadas para a situação real de cada porção da Serra do Mar. “É essencial que o Estado zele por suas reservas. O Itesp contribui com o trabalho de campo, levantando as divisas e fazendo o cadastro dos ocupantes”, disse o diretor-executivo Gustavo Ungaro.
Trabalho semelhante foi concluído no Parque do Jacupiranga, no Vale do Ribeira. Cerca de 50 técnicos mapearam em cinco meses 150 mil hectares. “Tem áreas com pastagens consolidadas. E as queimadas, para fins agrícolas, são rotineiras”, conta o diretor-adjunto de Recursos Fundiários, Gabriel Veiga.
Há o que se pode classificar como bairros dentro da mata, com cerca de 2.200 ocupantes, mas nem todos são invasores. “Há situações de ocupantes que podem ser regularizadas, como a de comunidades tradicionais e quilombolas.” Mas, 20% dos ocupantes será remanejado.
Fonte: Estadão Online.