Gasolina barata não é sinônimo de fraudes
7 de maio de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
Ao contrário do que se pode imaginar, gasolina barata não é sinônimo de fraude. Quem garante é o pesquisador Edinaldo de Castro e Silva, coordenador da Central de Combustíveis do Departamento de Química da UFMT. “Vender gasolina ou qualquer produto por um preço abaixo do adotado pelo mercado não quer dizer que o dono do posto esteja adulterando o combustível”, afirma o professor.
Para ele, essa constatação precipitada na maioria dos casos é tirada pelos postos concorrentes, que se sentem incomodados com as promoções e perda de vendas. “Já pesquisamos vários postos que vendiam combustíveis mais baratos e não constatamos irregularidades. O produto era confiável e de boa qualidade. A diferença de preço pode ser justificada pela necessidade da empresa fazer caixa”.
Na opinião do pesquisador da UFMT, o mesmo raciocínio pode ser aplicado para o caso dos postos que vendem produtos mais caros. “Às vezes uma empresa pode aumentar seus preços até mesmo acima da média do mercado para dar a entender que o seu produto é de qualidade e se aproveita da situação para praticar a fraude. Aí ele ganha duas vezes: no preço e no combustível adulterado. Esta é a pior fraude, pois o consumidor sai duplamente prejudicado”, assinala.
CUIDADO – O secretário adjunto de Receita Pública da Secretaria de Fazenda, Marcel De Cursi, diz que todo cuidado deve ser tomado para que não haja erro na avaliação do combustível analisado. “Existe a possibilidade de o combustível se contaminar durante o transporte. Há várias naturezas de não-conformidade e devemos ter cautela para fazer a análise correta de cada material coletado, sob certos critérios e parâmetros, pois a experiência tem nos mostrado que a contaminação pode ocorrer até mesmo pelo vazamento de combustível, paralelo aos tanques”, alerta.(MM)
Fonte:Diário de Cuiabá