Governo do estado de Mato Grosso promete agilizar recurso

1 de agosto de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) relativas à infra-estrutura de transportes, como pavimentação de rodovias e ampliação dos trilhos da Ferronorte até Rondonópolis, devem começar ainda este ano de 2007. Foi o que disse ontem, em Cuiabá, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que veio assinar os primeiros convênios do PAC no Estado, ela citou saber da importância da logística para o desenvolvimento de Mato Grosso e frisou que as obras vão mudar a qualidade de vida dos mato-grossenses. Lula, em discurso, garantiu que o governo federal tem “muito dinheiro” para investir nessa área e que ele ainda voltará ao Estado várias vezes para anunciar as obras.

O PAC, plano anunciado no início deste ano, reserva para Mato Grosso R$ 1,130 bilhão. Esses recursos estão divididos entre rodovias, ferrovia e hidrovia. Só para garantir que os trilhos da Ferronorte cheguem de Alto Araguaia até Rondonópolis, serão necessários R$ 750 milhões. Tanto a ministra quanto o presidente deixaram claro que esse investimento é de competência da iniciativa privada. No entanto, garantiram que o governo vai assegurar que a concessionária, a América Latina Logística (ALL), controladora da ferrovia, tenha acesso aos recursos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como já aconteceu em São Paulo.

O governador Blairo Maggi, durante a cerimônia, reforçou ao presidente que a Ferronorte é muito importante para o Estado. Ele pediu, inclusive, que se não for possível o investimento necessário por parte da iniciativa privada para concluir a obra, que possa ser feito um esforço conjunto dos governos federal e estadual para que os trilhos cheguem não só a Rondonópolis, mas também a Cuiabá.

Para as rodovias, que também são outro gargalho para escoamento da produção, Dilma destacou um esforço do governo no sentido de providenciar a pavimentação das BRs 242, 158, 364 e 163.

No trecho da 364 e 163 ainda será feita uma obra de duplicação, entre Cuiabá e o Posto Gil. Para a BR-163, saindo de Guarantã e indo até Rurópolis (PA) estão previstos R$ 5 bilhões. Para a BR-364 serão outros R$ 260 milhões.

No caso da hidrovia Paraguai-Paraná serão R$ 20 milhões para dragagem e derrocagem da via de escoamento, que é a desobstrução do leito dos rios para melhores condições de navegação.

Essas obras são importantes e há muito tempo cobradas por Mato Grosso porque reduzem o preço do frete, tornando os produtos locais mais competitivos. O Estado hoje tem um dos fretes mais caros do país.

Fonte:Gazeta Digital