Governo vai atrasar divulgação

25 de abril de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Fonte:São Paulo/AE

O Plano de Safra 2007/08 não sairá em maio, como previsto anteriormente pelo Ministério da Agricultura. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério, Edílson Guimarães, as mudanças ocorridas no Banco do Brasil e a demora na troca e nomeação do novo ministro atrasaram a programação que foi feita. “O plano vigente vai até junho deste ano. Dessa forma, temos esse prazo para fechar o próximo plano”, disse Guimarães.

O secretário informou, ainda, que o governo não pretende fazer grandes alterações em relação ao plano apresentado no ano passado. Segundo ele, havia uma demanda do setor para que os planos agrícolas mantivessem uma certa estabilidade e é o que estaria acontecendo. “Teremos algumas alterações no crédito agrícola, mas não esperem por mudanças significativas”, adiantou. Em relação à redução da taxa de juros para o agronegócio, Guimarães não negou que ela será contemplada, mas também não garantiu que entrará no plano de safra 2007/08. “Isso está sendo discutido no governo, mas não temos nada definido. Temos de lembrar que qualquer redução de 1% nessa taxa significa alguns milhões para o Tesouro”, disse o secretário.

A utilização dos recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) como uma das fontes de receita do Fundo de Recebíveis do Agronegócio não deverá acontecer, segundo Guimarães, que participa hoje do seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2007 e 2008, promovido pela Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) em São Paulo. “Dificilmente o FAT entrará. O fundo não tem recursos para contribuir no financiamento do setor”, disse o secretário. Apesar da ausência dos recursos do FAT, Guimarães disse que está sendo discutido no governo qual a melhor forma compor o fundo que permitirá a prorrogação das dívidas dos produtores, com a utilização dos recursos da exigibilidade bancária e também da poupança rural. “Esse tema está em pauta no governo e ainda esta semana deveremos ter uma solução para isso”, disse. Outro tema que tem tomado conta das reuniões em Brasília é com relação aos financiamentos de máquinas para as próximas safras.