Importância da preservação do meio ambiente foi debatida no Crea-MT

Com um auditório lotado por mais de 100 participantes, o Crea-MT realizou ontem (4 de junho) um encontro técnico em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente. A ação foi liderada pela Comissão de Meio Ambiente do conselho, que é coordenada pelo vice-diretor administrativo, engenheiro florestal André Torres Baby.

O presidente do Crea-MT, engenheiro civil Juares Samaniego destacou o trabalho dos profissionais da engenharia, agronomia e geociências no desenvolvimento sustentável. “Os profissionais que têm a responsabilidade de cuidar do meio ambiente para as futuras gerações estão dentro do Crea-MT. No caso do Rio Grande do Sul, que passou por toda essa tragédia, são os nossos profissionais que terão as condições de avaliar o que precisa ser feito para recuperar o estado”, afirmou.

O coordenador da Comissão de Meio Ambiente do Crea-MT, André Torres Baby, falou sobre a contribuição dos profissionais ligados ao Sistema Confea/Crea e Mútua na melhoria da qualidade de vida das pessoas. “Essa data é muito importante para todos nós, pois é daqui do Crea que saem as pessoas que pensam no desenvolvimento do Mato Grosso e na transformação que a nossa sociedade precisa. Em nome da Comissão de Meio Ambiente do Crea-MT agradeço o seu apoio e empenho para a realização deste evento”.

Palestras

O primeiro palestrante foi o juiz titular da Vara Especializada do meio ambiente, Antônio Horácio da Silva Neto. Em sua apresentação ele ressaltou o trabalho e apoio dos profissionais do Crea-MT no embasamento técnico das decisões judiciais ligadas ao meio ambiente. “O trabalho de vocês é fundamental para nortear algumas decisões que tomamos na Vara de meio ambiente, que atua sempre como um auxiliar da justiça”, reconheceu.

Neto fez referência ao sociólogo britânico Anthony Giddens, autor do livro “A Politica da Mudança Climática”, citando o paradoxo em que vivemos. “O presidente Juares destacou em sua fala a tristeza de ver a degradação de alguns espaços públicos em Cuiabá, como parques e praças. Aquilo que não é tão visível, tão palpável e que atinge diretamente nosso cotidiano, nós muitas vezes não levamos em consideração, apesar de sabermos que o perigo real e iminente existe. Esse é paradoxo que a humanidade se encontra”, ponderou.

O encontro foi finalizado com uma palestra do professor da Universidade Federal do Paraná, engenheiro florestal Maurício Balensiefer, que preside a Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas e que promove eventos em todo o pais levando conhecimento sobre o tema da recuperação de áreas degradadas.

“Temos que fazer uma boa gestão para evitar ou no mínimo reduzir a degradação ambiental, como em obras de mineração, na agropecuária e outras tantas relacionadas às atividades como em obras de mineração, na agropecuária e outras tantas relacionadas às atividades que tantas vezes degradam. Isso reduz impactos e custos da recuperação”, afirmou.

Na sua palestra ele apresentou diversas imagens mostrando que o trabalho de recuperação de áreas degradas produzem excelentes resultados, mesmo em áreas ocupadas por atividades de mineração, que em geral causam graves danos ao meio ambiente.

O professor fez um alerta aos participantes.  “As questões ambientais devem ser levadas a sério pela sociedade. Não podemos utilizar nossos recursos naturais de maneira descontrolada, sem cuidado e critério técnico. Nossa legislação em relação ao tema é boa, mas é necessário que seja cumprida”, finalizou.

Texto: Felipe Pasqualini, Assessoria de Comunicação do Crea-MT. Fotos: Igor Bastos