Leitura da ‘Carta de Cuiabá’ encerra o XXVIII Congresso Brasilerio de Agronomia

25 de novembro de 2013, às 12h04 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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O presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Mato Grosso (AEA-MT), João Dias Filho, lamentou a ausência de representantes do governo estadual no Congresso Brasileiro de Agronomia que foi encerrado sexta-feira (22), à tarde, no Centro de Eventos do Pantanal, mas afirmou que ficou muito satisfeito com os resultados dos trabalhos e está convicto de que nos próximos anos "não vai faltar arroz, feijão e pão" para os brasileiros. O presidente do Crea-MT, Juares Samaniego, apoiador do evento já avia feito a observação quando da abertura do evento. "Um evento que reúne o setor responsável por 90% do PIB estadual e contou com a particiação de ninguém do governo do estado. Falta de interesse.", avaliou Samaniego.
 
 
Na 'Carta de Cuiabá' foram incluídas questões ligadas à sustentabilidade, preservação do ecossistema e um trabalho socialmente justo, com garantia de piso salarial. Também foram discutidas questões legais que incluem a participação dos técnicos e outros assuntos que irão referendar as ações da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab) junto aos deputados federais. "A presença de gente de todos os estados e algumas discussões acirradas mostraram que o encontro cumpriu seus objetivos", afirmou João.
 
 
Para Alício Rezende, diretor-financeiro da Confaeab de Aracaju-SE, o congresso trouxe oportunidade para enfrentamento de problemas de uma classe que estava um tanto desgastada e inovou ao reunir conselheiros federais e outros profissionais pela primeira vez na história. "Cuiabá está de parabéns. Os objetivos foram conquistados e saímos daqui fortalecidos. Penso que essa formatação do congresso deve ser mantida nas próximas edições, pois, para mim, esta foi a melhor das quatro anteriores nas quais participei", afirmou.
 
 
A acadêmica de Agronomia da UFMT, Jordana Oliveira, por seu lado argumentou que "alguns palestrantes fugiram do foco principal e foram um tando tendenciosos e que, infelizmente, saiu com mais dúvidas do que quando chegou. Ela ainda está no segunto semestre. Sua colega de classe, Ana Flávia Angelotti, disse que "algumas opiniões foram difusas, principalmente no tema sobre uso de agroquímicos". 
 
 
Técnico agrícola e estudante de Economia da IFRO, de Colorado do Oeste (Rondônia), Jean Ribeiro percebeu algumas evasivas em relação aos técnicos  e seu colega Mitsuharu Suganuma, lamentou a ausência de alguns nomes como do ex-ministro Alysson Paulinelli que deveria fazer a palestra final. Ambos elogiaram a estrutura do local, a Feira da Indústria Saudável realizada em paralelo, e a receptividade dos cuiabanos.
 
 
O engenheiro agrônomo da Seagra, do Alagoas, Marcos Dantas criticou algumas intervenções mais emocionais do que racionais feitas por alguns participantes. "Os colegas precisam entender que esta é uma oportunidade para solucionar questões pendentes da categoria, da parte técnica, e não para tirar algum proveito político", comentou. E também lamentou o não cumprimento de alguns horários mas fez questão de dizer que "esta cultura de não cumprir horários, infelizmente, é inerente ao povo brasileiro".  
 
 
Quem deixou o Centro de Eventos na maior felicidade mesmo foi Luiz Antonio Corrêa Lucchesi, da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (Feap) e vice-presidente da região Sul da Confaeab, pois Foz do Iguaçu (PR) venceu Fortaleza (CE) na escolha da próxima sede do Congresso que vai acontecer em 2015. "Este encontro superou os anteriores e agora nossa meta é realizar um ainda melhor com ênfase em alimentos, fibras e biocombustíveis", concluiu.