Língua de sinais x Língua oralizada – Parte I

9 de novembro de 2012, às 17h18 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Considerando que todo processo linguístico da criança “normal”, intrinsecamente está ligada aos signos, ou seja, tudo aquilo que está em seu entorno e que apresenta significado, as concepções da língua, para essa criança, passam pelo sistema fonológico, responsável pela facilitação do processo de codificação e decodificação do significado, além de contribuir para sua interação com o outro, principalmente na fase educacional. Dessa forma, a língua nesse contexto, é entendida não só como meio de comunicação, mas como suporte do pensamento e estimulador do desenvolvimento cognitivo que possibilita a criança, ampliação de seu vocabulário.

O processo de linguagem na criança com surdez, não ocorre da mesma forma ouvinte, devido ao seu sistema fonológico não o atender satisfatoriamente, o que impossibilita ou dificulta o acesso à linguagem oral, além de privar a criança das atividades que envolvem a oralidade. Por não dispor da audição, sua possibilidade de ampliação de vocabulário, que por sua vez, pode interferir no desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da pessoa surda. No entanto, é a partir da língua de sinais com as pessoas de seu entorno, que a criança cria seus próprios códigos comunicacionais que, por conseguinte, contribuirá para a construção do significado, conforme afirma Vygotsk (1997).

Portanto, a língua de sinais, apresenta-se numa modalidade diferente da língua oral-auditiva, pois, a realização dessa língua não é estabelecida através do canal oral-auditivo, mas através da visão e da utilização do espaço. A diferença na modalidade determina o uso de mecanismos sintáticos específicos diferentes dos utilizados nas línguas orais.

 

 

Ivanil Martins de Almeida – servidora do Crea-MT, graduada em Letras e técnica em eletrotécnica e contabilidade., além de pós-graduanda em Gestão de Pessoas.