Maggi sugere diagnóstico para levantar o passivo

4 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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A idéia do desmatamento evitado que sugere a remuneração de produtores e dos Estados ganhou força depois da viagem em abril do governador Blairo Maggi aos Estados Unidos, onde participou do Fórum Internacional de Desenvolvimento Sustentado da Amazônia, promovido pelo órgão das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Blairo sugere que seja feito um diagnóstico detalhado nos Estados para que se possa mensurar os ativos ambientais existentes atualmente, começando pelas áreas agricultáveis ocupadas por lavouras de soja, algodão e cana-de-açúcar; além de um planejamento operacional que estabeleça os custos de cada uma das operações para execução da medida.

Ao fazer esta contenção o primeiro impacto ao isolar áreas que poderia produzir grãos seria um possível desnivelamento na arrecadação entre receita e despesa.

Por outro lado, com a criação de um mecanismo para compensação financeira, os produtores teriam, por exemplo, condições de investir o próprio recurso adquirido no restabelecimento destas áreas ociosas e ocupar novamente com lavouras. Só para se ter uma idéia em Mato Grosso são cerca de 28 milhões de hectares entre áreas degradadas e de pasto e que podem atender bem a este propósito.

“Está mais do que na hora do Brasil demonstrar a sua capacidade em oferecer qualidade de serviços ambientais, porque se continuar desmatando não vai conseguir convencer ninguém a investir num fundo voluntário como vem sugerindo nas convenções internacionais, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva”, diz o superintendente de Conservação de Programas Regionais do WWF-Brasil, Cláudio Maretti. Segundo ele, o Brasil deve reduzir seus índices de desmatamento para, daí sim, pedir uma compensação financeira.(AS)

Fonte:Gazeta Digital