Método avalia projetos arquitetônicos de hospitais
25 de janeiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
Para garantir conforto e qualidade em ambientes hospitalares, a arquitetura deve levar em conta os recursos naturais e estar adequada ao meio ambiente. Partindo dessa constatação, a arquiteta e professora Ana Virgínia Carvalhaes de Faria Sampaio desenvolveu um instrumento de avaliação de projetos arquitetônicos e edifícios construídos e em uso capaz de detectar o comprometimento do hospital sob os aspectos ambientais, de conforto e qualidade, estéticos, funcionais e construtivos.
“O instrumento é baseado num método de avaliação inglês denominado Achieving Excellence – Design Evaluation Toolkit (AEDET), e pretende, de forma simplificada, ser útil a profissionais, auxiliando-os durante o projeto, nas principais diretrizes a serem tomadas e, posteriormente, para avaliar o edifício já executado e em uso”, afirma a arquiteta.
A avaliação é feita por meio de um questionário em que vários pontos do projeto – como os aspectos ambientais (água, energia, resíduos, implantação do edifício), de conforto e qualidade (ambiente, conforto térmico, acústico, luminoso e visual), funcionais (acessos, circulações e espaços), construtivos (sistema e instalações) e estéticos (aparência) – são checados e pontuados discriminadamente. A pontuação totalizada permite a visualização em um gráfico.
Para desenvolver seu método de avaliação de ambientes hospitalares, Ana Virgínia passou um ano e meio pesquisando, segundo a metodologia da Avaliação Pós-Ocupação (APO), plantas, fazendo entrevistas, questionários e contatos com funcionários e usuários do Hospital Universitário de Londrina, no Paraná. Lá pôde verificar a insatisfação desses com relação ao ambiente decorrente quase sempre da inadequação do projeto ao local e a despreocupação desse com os recursos naturais.
Fonte: USP / Universia