Ministro desaconselha novas conversões para gás

9 de novembro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

Compartilhar esta notícia

O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, desaconselhou que os consumidores façam novas conversões de carros a gasolina ou álcool para o gás natural veicular (GNV). «Eu não aconselharia», disse. Ao mesmo tempo, no entanto, o ministro garantiu atendimento àqueles que já fizeram a transformação. «Não dá para abandonar estas pessoas. Elas vão continuar tendo gás, até porque, as distribuidoras têm um contrato com a Petrobras», disse o ministro.

Nelson Hubner deixou claro, porém, que a política de fornecimento do gás é dos governos estaduais e das distribuidoras. «O que nós queremos é que aquilo que for feito de expansão esteja sempre amarrado em contrato. Se está todo mundo contratado bonitinho, não teremos crise nenhuma», frisou.

Já o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, informou que a empresa voltará a investir na produção de gás na Bolívia. A estatal brasileira parou de investir no país vizinho após a decisão do presidente Evo Morales de nacionalizar a exploração de gás em território boliviano. Segundo Gabrielli, existe hoje a estabilidade de regras. «Estamos dispostos a analisar novas oportunidades de investimento na Bolívia, para permitir que o país cumpra, no longo prazo, a capacidade de entregar os 30 milhões de metros cúbicos por dia para o Brasil», afirmou.

Diante da crise, o Sindicato dos Postos de Combustíveis de Minas Gerais (Minaspetro) teme um prejuízo generalizado. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, tanto motoristas quanto os donos dos 87 postos de abastecimento de gás no Estado serão prejudicados. Segundo o Minaspetro, o investimento mínimo para um posto que fornece GNV é de R$ 1 milhão.

Desconfiados, os taxistas da Coomotáxi já abastecem o tanque com álcool. «Há alguns anos, a Gasmig deu até vale gás para o motorista que fizesse conversão. Muitos chegaram a pagar R$ 4 mil no kit, em até 36 parcelas. Mas, desde que começamos a ouvir falar nessa confusão na Bolívia, passamos a ficar inseguros. Hoje, a maioria dos 300 taxistas da cooperativa possui carro flex», diz o diretor comercial da Coomotáxi, Cristian Carlos. (Com agências)

Fonte: Hoje Em Dia – www.hojeemdia.com.br