MT registrou mais 60% de focos de incêndio em 2007

13 de novembro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) mostram um crescimento de 60,54% no número de focos de queimadas em Mato Grosso durante o período proibitivo deste ano, entre 15 de julho e 25 de setembro. Enquanto em 2006 foram registrados 22.228 focos, 2007 fechou as contas com 35.685, conforme monitoramento feito pelo satélite Moddis.

O município de Colniza, ao norte do Estado, que nos anos anteriores se mantinha entre os que mais queimavam, perdeu a liderança para Vila Rica. Este ano, Colniza reduziu em mais de 50% o índice de focos, de 2.235 caiu para 1.066. Já em Vila Rica aconteceu o contrário, de 859 subiu para 1.756 os registros de focos.

Essas estatísticas foram divulgadas ontem à tarde pela Superintendência Estadual da Defesa Civil, durante o anúncio do fim do período proibitivo de queimadas no Estado. O superintendente do órgão, major bombeiro Abadio José Cunha Júnior, disse que por causa da prorrogação da proibição do uso do fogo, 238 pedidos de licenças de queimadas ainda tramitam na Defesa Civil.

Agora, com a reabertura da queima, o órgão tem 15 dias de prazo para analisar os processo e emitir ou não as licenças aos proprietários das terras. Outras 600 autorizações foram expedidas no Estado durante o ano todo.

A Sema, conforme o major Cunha Júnior, vem adotando uma série de medidas com o objetivo de prevenir situações como as ocorridas este ano – a liberação de queimadas antes do início das chuvas, com a cidade coberta por uma densa camada de fumaça e a umidade relativa do ar com percentuais abaixo do mínimo aceitável para o ser humano.

De acordo com o superintendente, além de aumentar de dois para quatro o número de técnicos no monitoramento e na previsão do tempo, novos equipamentos estão sendo adquiridos para aumentar a capacidade de vigilância ambiental e climática. A proposta é analisar as questões meteorológicas mais localizadas, até por município. “Vínhamos tomando decisões seguindo dados macros, previsões feitas para o Estado”, argumentou Cunha Júnior.

Além de permitir maior fiscalização de queimadas e desmatamentos, a Sema quer, segundo o superintendente, aumentar sua base cartográfica. Fazer com que as propriedades que foram notificadas por crimes ambientais, como o uso do fogo sem licença ambiental, se cadastrem no órgão. Cunha Júnior informou que apenas 10 mil propriedades rurais estão cadastradas na Sema. Esse número representa menos de 10% do total de áreas, estimado em 160 mil.

OURO VERDE II – Ainda como resultado da Operação Ouro Verde II, desencadeada para reprimir a extração ilegal de madeira no extremo-norte de Mato Grosso, o Ibama fechou 10 madeireiras acusadas de fraudar documentos para o corte do produto. Elas são acusadas de fraudar documentação para executar o crime ambiental. Estão localizadas no município de Colniza (1.165 quilômetros de Cuiabá) e são investigadas pela Polícia Civil.

Fonte: Diário de Cuiabá