Nova central hidroelétrica em Mato Grosso
15 de janeiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Além dos R$ 520 milhões de investimentos que realizou em pequenas centrais hidroelétricas nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Bahia, a empresa da área de geração e co-geração de energia Koblitz pretende participar da construção de mais cinco usinas em 2007. Já estão confirmadas e licenciadas as obras de Buriti (MS), Paranatinga II (MT) e Capadão do Sul (MS), com obras previstas para o primeiro semestre. Luiz Otávio Koblitz, presidente da empresa, também confirmou a parceria da Koblitz com a baiana Arrara na construção do complexo Siri Nhaém, que abriga oito PCHs, com capacidade instalada de 29 MW, duas delas já com início de obras previsto para este ano.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê, para 2007, a construção de 54 novas PCHs subsidiadas pelo Programa de Incentivo a Fontes Alternativas (Proinfa) e outras 14 usinas construídas com recursos privados.
A Brascan Energética também confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, a participação na construção de cinco PCHs com obras previstas para 2007 e 2008. A empresa considera que os investimentos em PCHs são mais vantajosos por razões ambientais, já que têm menor impacto, e por saírem mais rápido do papel do que o grandes empreendimentos hidroelétricos, de acordo com a assessoria de imprensa da Brascan.
De acordo com Ricardo Pigatti, presidente da Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), os investimentos em PCH se justificam, pois elas são de três a quatro vezes mais baratas que uma usina térmica, além de o processo do empreendimento ser mais rápido. Ele acrescenta que o Brasil tem 1.500 MW de capacidade instalada em PCHs e que elas devem ser fortemente incentivadas, com leilões específicos e preços justos, pois em caso de racionamento de energia, as PCHs podem suprir uma parte da demanda. “Cada vez mais as grandes indústrias se dão conta da importância das pequenas centrais hidrelétricas, os autoprodutores buscam investir nesse tipo de empreendimento para suprir sua demanda e garantir auto-suficiência energética”, diz.
Os investimentos da Koblitz em PCHs em 2006 foi da ordem de R$ 10 milhões e as previsões para 2007 são de manter essa quantia.
“Geração distribuída, como um todo, é fundamental para o abastecimento setor energético, além dos empreendimentos demorarem somente dois anos, garante cerca de 30% da necessidade”, afirma Koblitz.
Proinfa
De acordo com a Aneel e a APMPE, há 54 pequenas centrais hidrelétricas com obras previstas para 2007 e até março de 2008, com incentivos do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas (Proinfa). Porém, de acordo com Koblitz, é mais vantajoso para as usinas que vendam sua energia a distribuidoras, consumidores livres ou em leilões, do que participar do programa. Pois, ele afirma que as regulamentações do Proinfa não permitem que os créditos de carbono fiquem com os geradores, tendo que ser repassados à Eletrobrás quando a energia é comercializada.
Fora do Proinfa, segundo dados da Aneel, as usinas sem nenhuma restrição, com obras já iniciadas ou previsão para este ano, totalizam 147,8 MW de capacidade instalada.
AES
O Grupo norte-americano AES, que controla a Eletropaulo e a Aes/ Tietê, tem planos de implantar seis novos projetos de PCHs no Estado do Rio de Janeiro e em Minas Gerais, além da reativação de outros quatro empreendimentos em São Paulo. Eles pretendem comercializar a energia no mercado livre, em contratos diretos. Atualmente, a empresa opera cinco PCHs em Minas Gerais por meio da AES PCH Minas, subsidiária da AES Tietê, que também possui em seu portfólio a PCH Mogi-Guaçu (7,2 MW, SP). De acordo com informações da assessoria de imprensa, o grupo ainda não fechou o cronograma e nem o montante de investimentos dos projetos.
Brascan
A Brascan Energética participou de 13 empreendimentos de PCH em 2006, totalizando 226 MW de capacidade instalada. Houve um crescimento significativo neste tipo de investimento, pois em 2004, a capacidade das usinas que investia era 76 MW.
Fonte: www.24horasnews.com.br