O engenheiro aeronáutico Sandro de Oliveira Paula fala da profissão e seus desafios
11 de dezembro de 2017, às 9h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
O engenheiro aeronáutico Sandro de Oliveira Paula, casado, nasceu em 1980. Veio de São Paulo para o estado de Mato Grosso à trabalho devido ao cargo que hoje ocupa: engenheiro aeronáutico e diretor de manutenção em uma empresa de táxi aéreo no município de Várzea Grande.
1- Onde e quando se formou e, por que escolheu o curso de Engenharia Aeronáutica?
Formei em 2008 pela Universidade do Vale do Paraíba, em São José dos Campos (SP). Na verdade, a aviação está na família há muito tempo. Meu pai se aposentou numa empresa fabricante de aviões e meus 3 irmãos e eu atuamos no ramo até hoje. Escolhi o curso por gostar de aviação e por ter oportunidade de trabalhar em empresa fabricante de aeronaves, ao qual me fez gostar ainda mais do ramo.
2- Conte-nos um pouco de sua trajetória profissional como Engenheiro Aeronáutico?
Comecei nessa área trabalhando em uma empresa fabricante de aeronaves, como pintor de aviões. Em 2003 passei no vestibular para Engenharia Aeronáutica com o objetivo de aprender mais sobre a área e crescer profissionalmente dentro da empresa. Durante o curso tive oportunidades de estagiar e trabalhar em outras áreas da empresa como: compras de matéria prima, engenharia de produção na qual testávamos novos materiais na produção, produzimos roteiros para o processo produtivo da empresa e também trabalhei no setor de projetos. Depois de formado trabalhei como engenheiro consultor para construção de aeronaves experimentais no Brasil e durante este período, fiz muitos projetos e alguns deles foram para a empresa que trabalho atualmente.
3- O que fazer para conseguir se destacar no mercado e como é o dia a dia de quem trabalha nesta profissão?
A profissão é muito intensa, pois antes de cada voo, as aeronaves e o pessoal da empresa seguem um planejamento de modo que nenhuma atividade possa intervir no horário previsto. É o que fazemos para nos destacar no mercado, manter os horários de voos, sem atraso e com a melhor qualidade possível na manutenção das aeronaves.
4 – Como você está atuando hoje?
Atualmente ocupo cargo de diretor de manutenção e engenheiro em uma empresa de táxi aéreo, onde acompanho as manutenções corretivas e preventivas das aeronaves da frota da empresa e, trabalho desenvolvendo meios para facilitar e melhorar os métodos para o cumprimento dos serviços.
5- Quais as oportunidades no mercado de trabalho e os maiores desafios enfrentados em Mato Grosso?
O mercado de aviação é um pouco complicado, pois está diretamente ligado a situação financeira do país, como nossa atuação é de fretamento de voos executivos, sofremos em determinados períodos com a queda na procura destes voos. Acredito que um dos maiores desafios enfrentados em Mato Grosso, em se tratando desse ramo de atuação é a qualidade da estrutura dos aeroportos, que tem se degradado muito. E que talvez melhore com a privatização que possa vir, de forma a aumentar e quantificar mais os voos para o Estado.
6- Como você vê, como engenheiro Aeronáutico formado e habilitado, a participação do CREA-MT?
No meu ponto de vista é bem atuante, pois nos respalda muito no que tange a valores e remunerações de serviços, assim como com esclarecimentos e opiniões relevantes a Mato Grosso.
7- A partir de sua experiência e conhecimentos adquiridos, que conselhos você daria para os estudantes que decidiram fazer Engenharia Aeronáutica e aos profissionais que estão entrando no mercado de trabalho?
É uma excelente profissão, que ainda é pouco explorada no Brasil, têm muitas áreas para se expandir e explorar e quem for curioso vai se destacar. O curso não é fácil, mas instigante demais, pois a cada dia se tem um novo desafio.