Painel Gestão de Riscos na Mineração traça panorama da atuação do Confea
18 de setembro de 2019, às 16h41 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
O conselheiro federal, representante do Crea Mato Grosso no Confea , eng. civil André Schuring debateu terça-feira, 17 setembro durante o Painel de Riscos na Mineração no segundo dia da 76° Semana Oficial da Engenharia e Agronomia em Palmas(TO), sobre a atuação do Conselho Federal de Engenharia na fiscalização de barragens , destacando as ARTs para contribuir com o trabalho dos profissionais. O encontro reuniu diferentes abordagens sobre a atuação do Confea em relação ao tema, além do cenário atual da gestão de riscos e desastres, e o panorama de risco da barragem de rejeito em mineração. O moderador foi o geólogo Ronaldo Malheiros Figueira.
O conselheiro federal, eng. civ. André Luiz Schuring, membro do Grupo de Trabalho (GT) sobre Barragens, abriu a discussão falando sobre a atuação do Confea na fiscalização de barragens. “A intenção não é arrecadar, mas auxiliar que os colegas possam fazer a ART correta”, resumiu Schuring durante a palestra que também serviu para explicar a atuação do GT sobre Barragens.
Em seguida, foi a vez do também conselheiro federal, geol. Waldir Duarte Costa Filho, membro do Grupo de Trabalho sobre os Abalos Sísmicos em Maceió (AL). Com o tema sobre a atuação do Confea na fiscalização da mineração de sal-gema, o conselheiro federal deu detalhes sobre a atuação do GT desde o início do ano. O objetivo é elaborar um estudo técnico sobre as causas e efeitos dos abalos registrados na capital alagoana desde março de 2018 e apurar possíveis responsabilidades de empresas e profissionais.
“Vim para apresentar o que o Confea está fazendo sobre o que aconteceu em Maceió. Temos nos reunido em Brasília, inclusive participando das audiências públicas no Congresso. Em 30 de outubro, em Brasília, será realizada a reunião ordinária que falta”, destacou Waldir. “O profissional precisa conhecer o Sistema. Por isso, começo a palestra falando sobre as atribuições. Que cabe ao Confea a normatização, enquanto os Creas fazem a fiscalização”, ressaltou o geólogo de Maceió.
O eng. minas João Augusto Hilário, membro do Grupo de Trabalho sobre Barragens do Crea-MG, foi o terceiro a se apresentar. Com vasta experiência na área, o profissional foi o responsável pela palestra Barragem de Rejeito em Mineração e o Panorama de Risco, que exaltou a importância de profissionais habilitados nas atividades e, no fim, cobrou uma reflexão sobre a atuação do Sistema.
“Temos de ir além de simplesmente cobrar a atribuição. Temos de entender o problema, onde estão as ameaças e tratar disso, além de simplesmente cuidar das atribuições e da ART. Um outro ponto é que temos um Código de Ética e ele precisa ser aplicado. Vamos zelar pela qualidade da engenharia”.
Encerrando o painel, o geol. Eduardo Macedo, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, abordou a palestra “Gestão de Riscos e Desastres: Cenário Atual e Desafios”. Falando sobre os desafios enfrentados atualmente, o pesquisador propôs soluções no final do Painel.
“Precisamos olhar o colega lá da ponta. Ele precisa de mais ajuda. A gente deveria apoiar mais fortemente a ideia da Defesa Civil nos ajudar. Que o Crea se aproxime das prefeituras. Comece a cobrar que tenha profissional habilitado e ofereça cursos para ajudar este colega a ter uma melhor formação e assumir melhor a sua responsabilidade”, finalizou Macedo.
Cristina Cavaleiro/Equipe de Comunicação do Crea-MT com assessoria de imprensa da Soea / Damasceno Fotografia/Confea