“Panorama do saneamento da região Nordeste” foi tema de palestra realizada pela Aesa-MT

25 de fevereiro de 2019, às 14h02 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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A Associação dos Engenheiros Sanitaristas e Ambientalistas de Mato Grosso (Aesa-MT), promoveu no último dia 20 de fevereiro, no plenário do Crea-MT, a palestra técnica sobre o “Panorama do saneamento da região Nordeste”.  O objetivo foi subsidiar pesquisas voltadas para as problemáticas criadas pelo lodo nas estações de tratamento de esgoto em Cuiabá, destacando o saneamento, água, esgoto e resíduos sólidos por meio de ensino, pesquisa e extensão.

A palestra foi ministrada pelo professor e doutor engenheiro sanitarista   Valmir Marques, que também é mestre e doutor em tecnologia ambiental e recursos hídricos, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFP). Possui pós-doutorado em engenharia biológica pela Universidade do Minho em Braga, Portugal e professor-adjunto da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFR-PE).

“Em conversa com profissionais da engenharia que trabalham na empresa Águas Cuiabá, identificamos que o problema do saneamento na capital de Mato Grosso não é só em residências. Temos sérias situações de acesso, percebendo que é semelhante com região nordestina do país. Inclusive   problemas relacionados ao tratamento dos resíduos, oriundos do tratamento dos influentes”, detalhou o professor que avaliou como positiva reunião ocorrida com da empresa   de saneamento Iguá-Aguas Cuiabá.

“Conseguimos vislumbrar um horizonte. Tanto que eles ficaram de nos visitar para entender como é o funcionamento da logística da Região Nordeste, especificamente no Recife. É importante a integração da academia, juntamente com suas pesquisas e empresas. Essa aproximação trará bons frutos para o trabalho que está sendo desenvolvido em Cuiabá”, disse o professor.

O engenheiro sanitarista explicou ainda que existem alguns avanços no Nordeste, na qual diversas empresas privadas trabalham maciçamente com as compostagens desse lodo, o resíduo oriundo no tratamento do esgoto e dos efluentes das empresas de limpa fossa. “O processo de universalização do acesso ao saneamento é lento. Existe uma perspectiva para além do ano de 2035 com o objetivo de alcançar no estado de Pernambuco”, mencionou o palestrante.

Segundo dados apresentados pelo professor, 73,6% da população nordestina brasileira tem acesso a água tratada, e, as perdas de água são de 46,26%, quanto à média nacional de perdas alcança 38,1%.

Com relação à coleta de esgoto, 51,92% da população nacional têm acesso e apenas 26,79% dos nordestinos têm acesso ao serviço. No Centro Oeste os números se mantêm na média brasileira e atendem a 51,52% da população. Já quanto ao tratamento de esgoto, apenas 44,92% da população nacional têm acesso. E, o nordeste trata 36,22% dos esgotos enquanto a região centro-oeste já consegue tratar 52,62% de seus esgotos.

Para o conselheiro do Crea-MT, engenheiro sanitarista Benildo Valério de Farias, essa foi uma das primeiras ações de aproximação com a empresa Iguá-Aguas Cuiabá após a visita realizada pelos conselheiros nas Estações de Tratamento de Água e Esgoto da Capital. “Recebemos a missão de não somente estreitar os laços com a empresa mas também de buscar soluções para problemas como o tratamento de resíduos das ETEs junto a universidades e entidades de classe. Acreditamos na convicção que a empresa Iguá Saneamento irá proporcionar a parceria técnica voltada para as diversas entidades de classe do conselho sobre a educação ambiental junto a sociedade cuiabana”, disse o conselheiro.

*Jornalista Cristina Cavaleiro

Equipe de Comunicação do Crea-MT