Prefeito cobra aplicação de investimentos anunciados
18 de abril de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
O investimento anunciado pela Sadia S/A em setembro de 2005 para o município de Campo Verde (139 quilômetros ao sul de Cuiabá) ainda não saíram do papel e, segundo autoridades locais, permanecem sem previsão. Os abatedouros de aves ainda não foram instalados devido aos surtos de gripe aviária no mundo – que reduziram o consumo da carne – e a conseqüente crise no setor. O prefeito da cidade, Dimorvan Alencar Brescancim (PDT), garantiu, no entanto, que não há recuo por parte da empresa e que só existe “um atraso”.
A Sadia assinou o protocolo de intenções com o governador Blairo Maggi, para a instalação de dois abatedouros de aves, uma unidade de abate e industrialização de suínos e fábricas de ração no Estado. Na assinatura do protocolo, ficou acordado que já em 2007 as duas unidades estariam operando com um terço de sua capacidade. Até o final de 2009, elas atingiriam sua capacidade total de produção. O investimento nestas novas unidades seria distribuído entre os anos de 2006 a 2009, num total de R$ 1,5 bilhão, R$ 800 milhões aplicados pela Sadia e o restante pelos 500 produtores integrados aos projetos. É o maior investimento recebido pelo Estado e que contempla também Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao médio norte de Cuiabá).
O prefeito explicou que “o investimento da Sadia, por conta da gripe aviária, teve uma alteração de cronograma. Nós recebemos a visita dos diretores da empresa e por conta desse cenário a empresa adiou os investimentos em Campo Verde. Hoje o foco é Lucas do Rio Verde e posteriormente Campo Verde. Devido à gripe aviária, caiu o mercado de frango e houve um redesenho do cronograma. Não há previsão para início, depende da reação do mercado internacional”.
Dimorvan acrescentou que apesar de entender o problema econômico, ele cobra da Sadia e do governo do Estado a promessa feita há um ano e meio. A previsão era de que pouco mais da metade da produção dos abatedouros mato-grossenses seria destinada ao mercado externo e o restante, ao mercado doméstico. A Sadia é a maior exportadora brasileira de frangos, respondendo por quase 28% das exportações.
O DIÁRIO, depois de vários contatos com a assessoria de imprensa da empresa, obteve o seguinte retorno: “A Sadia está em período de silêncio por causa do balanço que a empresa está preparando para divulgar. No momento, não podemos passar nenhuma informação para a imprensa, sobre nada”.
Fonte:Diário de Cuiabá