Presidente do Crea Mato Grosso prestigia Workshop de Barragens em Minas Gerais

3 de maio de 2019, às 8h43 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Presidente do Crea-MT, engenheiro agrônomo João Pedro Valente

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), engenheiro agrônomo João Pedro Valente participou nos dias 29 e 30 de abril em Belo Horizonte de Workshop sobre Barragens, sediado pelo Crea Minas Gerais.

No mês em que a tragédia de Brumadinho completa 3 meses, especialistas e profissionais discutiram o tema durante dois dias na capital mineira.

“Temos problema na formação básica, na inserção do profissional, no mercado de trabalho, que é inserido de forma solitária, pois não tem quem faça o repasse de conhecimento, um mentor, devido ao desaparelhamento dos quadros técnicos”, detalhou o presidente do Crea Mato Grosso.

Ao defender a revisão de todo o processo, Valente ainda falou do pregão eletrônico: “Essa definição das atividades em função de preço tem baixado a qualidade, consequentemente refletido no profissional, no material utilizado, na pesquisa básica, enfim, temos de repensar toda essa cadeia”, defendeu o presidente do Crea-MT.

O encontro também contou com a participação do conselheiro federal mato-grossense, engenheiro civil André Schuring, que além de explicar a metodologia do evento, falou sobre o Grupo de Trabalho sobre Barragens, que está sob sua coordenação. “O dia de criação do GT coincidiu com o acidente de Brumadinho. Criamos o GT com quatro especialistas e estamos trabalhando para auxiliar os Regionais na fiscalização, além de nos debruçarmos a fim de dar uma resposta à sociedade”, esclareceu Schuring.

O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Alexandre Vidigal de Oliveira, propôs a criação de um comitê sobre barragens, que seria formado pelo Sistema Confea/Crea, comunidade acadêmica, Poder Público e sociedade civil. “O Comitê envolveria setor público e privado. Nós do ministério promoveríamos interação para ser o vetor de convergência de todos esses interessados. Seria um grupo formal, para que nossa visibilidade e credibilidade contem com essa chancela do Poder Público”, explicou Alexandre.

Oliveira comentou que vem participando de vários eventos relacionados ao tema, que tem trazido isoladamente especialistas de vários países. “Seria muito interessante se o Confea promovesse um evento reunindo especialistas, inclusive internacionais. Pois percebo que somos ilhas de excelências, mas não tem havido concentração de esforços para uma iniciativa comum, inclusive para reunir o conhecimento que dispomos e ao qual tivemos acesso após as tragédias em Minas Gerais”, pontuou o secretário.

O Workshop foi composto por palestras sobre “ Diferenças entre barragens para acumulação de água e para depósito de rejeitos”, além da “Regulamentação de barragens de rejeito e gestão de riscos”.  O vice-presidente do Comitê Brasileiro de Barragens, engenheiro civil José Marques Filho (UFPR) tratou sobre Abordagem holística de segurança de barragens e qualificação técnica”. E para finalizar o primeiro dia do Workshop, o engenheiro civil da Agência Nacional de Mineração (ANM), Luiz Henrique Passos Rezende, apresentou “Panorama das barragens de rejeitos em Minas Gerais”.

*Cristina Cavaleiro/Equipe de Comunicação do Crea-MT com informações do Confea