Previsão de queda de 3,8% é mantida
9 de maio de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
O 8º levantamento da safra 06/07 divulgado ontem pela Conab manteve o percentual de queda na produção de soja em Mato Grosso em 3,8%, como havia sido apurado no mês passado. Pela estimativa, a produção está em 15,2 milhões de toneladas, o que é 603,3 mil toneladas a menos que o registrado na safra 05/06. Apesar da produtividade do grão ter aumentado 10,6% em relação à colheita anterior, a área plantada reduziu 13%. O presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan, diz que os números estão dentro do que era esperado, mas ele ainda acredita que na apuração final os números caiam um pouco mais. “Números reais só mesmo quando toda a safra for retirada do Estado”.
Pelo levantamento da Conab, Mato Grosso continua como o maior produtor de soja do país, respondendo por 26,5% da produção e também líder no Centro-Oeste, com 57,7%. No total do Brasil, conforme a Conab, a safra 06/07 de soja está em 57,7 milhões de toneladas, representando um aumento de 7,7% sobre o ano anterior.
O presidente do Sindicato Rural de Sinop explica que a expectativa de queda já existia não só pela redução da área plantada, mas também porque principalmente na sua região houve perdas expressivas do grão. Os problemas foram causados pelo veranico de novembro e excesso de chuvas entre o final de janeiro e o início de fevereiro. Ele pondera que a ferrugem asiática também colaborou, mesmo tendo aparecido somente no final e por isso com menos prejuízo. “Os agricultores haviam se precavido fazendo muito fungicida”. Galvan diz ainda que de nada adiantou para o produtor colher um pouco melhor que na safra anterior porque o preço da commodity não ajudou. Para ele, o governo tem que pensar mais em securitização.
O milho, que é uma das principais culturas do Estado teve desempenho diferente da soja. Aumentou a produção em 22,9%. Conforme Galvan isso também era esperado porque houve incremento grande na área plantada, de 28,5%. A produtividade é que caiu 4,3%. Os responsáveis teriam sido a falta de chuva entre fevereiro e março e o ataque de pragas.
Fonte:Gazeta Digital