Profissionais da área tecnológica planejando cidades melhorariam qualidade de vida da população
6 de junho de 2018, às 11h40 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
A falta de profissionais da área tecnológica responsáveis por questões que envolvam a preservação do meio ambiente nos municípios mato-grossenses principalmente responsáveis por projetos de saneamento básico, aterros sanitários, entre outros itens do desenvolvimento urbano, foi uma das principais discussões levantadas pela Comissão Especial de Meio Ambiente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), nesta terça-feira, dia 05 de junho, durante uma mesa de debates em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
O tema surgiu, de acordo com um dos organizadores, conselheiro e engenheiro sanitarista Benildo Valério de Farias, que é coordenador da Comissão de Meio Ambiente do Crea-MT, após a apresentação de uma proposta do assessor parlamentar e de assuntos institucionais do Regional, Elói Pereira, para que os municípios tenham um assessor técnico para assessorar os prefeitos em assuntos que envolvam as engenharias.
“As cidades brasileiras infelizmente tendem a crescer de uma forma desordenada. Inúmeras indústrias se instalam nas cidades e proliferam-se os cortiços e favelas, ou sejam, moradias sem saneamento básico e rios que vão sendo poluídos. O processo de urbanização, de formação de uma cidade deve ser planejado por um profissional que entenda. Uma cidade não se regula por si mesmo, seja por que os recursos naturais são finitos, seja por que os recursos financeiros são insuficientes para fazer frente aos prejuízos causados à saúde humana, ao meio ambiente e à qualidade de vida do cidadão”, citou o conselheiro Benildo de Farias.
Ainda segundo Benildo a proposta da existência de um assessor da área tecnologia ou mais profissionais, nos municípios mato-grossenses mudaria esse quadro. “Um engenheiro sanitarista por exemplo, vai planejar: quantos litros de água são consumidos diariamente em uma cidade de 20 mil habitantes? Quanto se gasta para tratar o esgoto de uma cidade de 10 mil habitantes? Qual a melhor alternativa para o transporte de uma cidade de 50 mil habitantes? Como deve ser a ação de um governo municipal em uma cidade de características agroindustriais? Essas e outras perguntas fazem parte de uma política de planejamento. A idéia de que uma cidade não se regula por si mesma implica numa ação preventiva e efetiva do poder público capaz de assegurar bem estar à sua população com o respeito ao meio ambiente”, exemplificou o conselheiro do Crea-MT.
O coordenador da Comissão Especial de Meio Ambiente complementou que “pensar o espaço urbano, é pensar qual a cidade que queremos para os nossos filhos. Uma cidade com áreas de lazer, com parques, onde se possa tomar banho de rio ou uma cidade marcada pelas queimadas e poluição, com a sua fonte de água contaminada e pessoas doentes por problemas ligados à deterioração do meio ambiente. Esse é o desafio do planejamento urbano que está colocado para os municípios”, finalizou Benildo de Farias em seu discurso.
O tema da mesa de trabalho foi o “Monitoramento Ambiental no Estado de Mato Grosso” e contou com a participação da Diretora de Regulação e Fiscalização da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec), Rosidelma Francisca Guimarães dos Santos- Arsec, e de Denise Morais da Secretaria de Estado de Cidades (Secid). O evento também teve a participação da Associação dos Engenheiros Sanitárias de Mato Grosso (AESA-MT), dos demais conselheiros que compõem a Comissão Especial de Meio Ambiente do Crea-MT, Archimedes Pereira Lima Neto e Joaquim Teodoro da Silva Neto, do segundo vide-presidente do Crea-MT, victor Julianos Barroso dos Santos, do vice-diretor financeiro do Crea-MT, Marcelo Capellotto, e, dos diretores da Mútua-MT (geral ) Adjane Prado e (administrativo) Mário Cavalcante.
*Equipe de Comunicação do Crea-MT