Quarenta mil pessoas aguardam casa própria em Cuiabá

8 de janeiro de 2008, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Compartilhar esta notícia

A Agência Municipal de Habitação Popular (AMHP) possui 40 mil cadastros de famílias a espera da casa própria. Trinta mil inscrições foram efetuadas até abril de 2006 e outras 10 mil são pré-inscrições realizadas nos mutirões e deslocamento da equipe da Prefeitura de Cuiabá até os bairros periféricos. Cerca de 60% estão na faixa de renda de até 3 salários mínimos e 40% tem rendimento médio de até 6 salários mínimos.

Desde abril de 2006, a AMHP não abriu mais inscrições em razão da dificuldade em atender toda a demanda. O “Diagnóstico Habitacional de Cuiabá” desenvolvido pela equipe da AMHP identificou que 60% dos bairros de Cuiabá são oriundos de ocupações irregulares. O crescimento desordenado começou a partir da década de 70.

A necessidade de regularização fundiária urbana no município atinge 34 mil lotes espalhados pela cidade, sendo que aproximadamente 9 mil são em terras estaduais.

O déficit habitacional em Cuiabá foi aliviado com a construção de 12 residenciais do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) em parceria da Caixa Econômica Federal (CEF) e o Governo do Estado que resultou em 3,076 mil habitações na Capital. O Programa Habitar Brasil Bid (PHBB) executado em parceira com a Prefeitura de Cuiabá beneficiou 755 famílias que viviam às margens do córrego Três Barras com a construção de três residenciais.

De 2003 a 2007, o déficit habitacional foi aliviado com 3,831 mil unidades. “Precisamos fazer grande projetos de moradia popular. São muitas pessoas vivendo em áreas de risco e outras de baixa renda que ainda não tem a casa própria”, destaca o presidente da Agência de Habitação, João Vieira.

A CEF tem sete residenciais do PAR em construção em Cuiabá totalizando 1,761 mil casas populares. Já a Prefeitura de Cuiabá, por intermédio da Agência de Habitação, tem 315 moradias em obras em dois residenciais. Um para atender a população das Águas Nascentes e região que serão deslocadas para o Residencial Deputado Milton Figueiredo e outro no bairro Doutor Fábio para quem mora em área de risco no córrego Gumitá.

PROJETOS – Está em fase de análise na CEF quatro projetos de projetos habitacionais na modalidade do PAR. São 500 unidades no Residencial Avelino Lima Barros, 488 unidades no Residencial Belita Costa Marques, 473 casas no Residencial Avenida das Torres e 486 moradias no Residencial Buriti.

O programa Crédito Solidário prevê a construção de 718 unidades para servidores públicos. A Prefeitura de Cuiabá tem o projeto de 178 unidades para a construção de casas no bairro Altos da Serra para as famílias instaladas na margem do córrego Gumitá.

Em fase de elaboração na Caixa Econômica Federal há o projeto do Residencial Jardim Canaã com 1,210 mil unidades. Com os recursos do crédito solidário é previsto 800 unidades para servidores públicos e 810 unidades para o reassentamento de famílias moradores da margem do córrego Gumitá.

Fonte:Gazeta Digital