Quem é o culpado?
21 de agosto de 2012, às 15h12 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
(Parte 2 – Considerações)
Nesta edição faremos algumas considerações sobre a história contada na edição anterior onde a família Silva envolveu-se num grave acidente quando voltava do litoral.
Você chegou a refletir sobre o ocorrido? Quem é o culpado?
O que realmente interessa é que o acidente aconteceu e que os envolvidos poderiam ter feito alguma coisa para evitá-lo ou minimizar a gravidade das conseqüências!! Por exemplo:
O horário em que tudo aconteceu, pode ter colaborado para que o acidente ocorresse. Ao amanhecer ou anoitecer, a luminosidade natural assume uma condição chamada de lusco-fusco, que dificulta a percepção do motorista na avaliação correta das distâncias. Daí talvez a indecisão do motorista da Van, que abortou a manobra de desvio e decidiu frear.
Se o motorista do caminhão estivesse atento, poderia ter percebido e parado corretamente antes da pane total, sinalizando adequadamente o local. Provavelmente algum mostrador no painel já havia sinalizado que o motor apresentava problema.
Talvez a indecisão do motorista da Van que ensaiou desviar e continuar, mas voltou e freou, acabou por deixar indeciso também o Sr. Silva, que demorou 1 segundo a mais para pisar no freio. Este 1 segundo de indecisão pode ter causado o acidente! À 70 km/h um veículo percorre 19,4 metros por segundo, portanto neste 1 segundo de indecisão o veículo do Sr. Silva percorreu 19,4 metros, espaço que poderia ser suficiente para frear sem colidir ou optar por uma manobra evasiva.
Será que o Sr. Silva abusou das cervejas e caipirinhas? Mesmo que não tenha abusado, talvez estivesse mais relaxado e não tão atento como deveria. Se ele estivesse atento e mantendo uma distância segura de seguimento da Van, haveria espaço e tempo para alguma ação no sentido de evitar a colisão. Quem sabe a monotonia da viagem de volta, o silêncio dos filhos que dormiam e o pensamento nas obrigações do dia seguinte, facilitaram a dispersão da atenção do Sr. Silva.
Caso o motorista do veículo que vinha em sentido contrário ao do comboio, estivesse atento a ponto de identificar uma possível situação de risco, percebendo que a Van precisava de espaço para desviar da carroçaria do caminhão, poderia ter reduzido a velocidade ou até mesmo desviado para o acostamento, permitindo a passagem da Van.
Lembre-se: quando identificar uma situação de risco, aja como se o acidente fosse realmente acontecer! Não espere pela ação dos outros! Aja imediatamente!
Luiz Roberto M. C. Cotti
Projeto Sobrevivência no Trânsito
cotti@mc7.com.br