Regional Mato-grossense homenageia engenheiro eletricista pelo dia

22 de novembro de 2019, às 14h36 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

Compartilhar esta notícia

O engenheiro eletricista é responsável pelo planejamento e supervisão além da execução de projetos eletrotécnicos, sendo habilitado inclusive para construir e instalar aparelhos ou sistemas referentes à distribuição energética voltada ao consumo, bem como avaliar e corrigir falhas decorrentes do funcionamento, entre outros trabalhos, e para homenagear o profissional da Engenharia Elétrica, comemorado em 23 de novembro o Regional Mato-grossense entrevistou o presidente da Associação Mato-Grossense dos Engenheiros Eletricistas (AMEE), Lauro Leocádio da Rosa, empossado em outubro deste ano. Formado em Engenharia Elétrica na  Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e mestre na profissão pela Universidade de Brasília (UNB) e doutorando em Física e Ambiental também pela UFMT, Lauro atualmente é professor dos cursos de Elétrica e Eletrônica do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).

Gecom: Quais são os maiores desafios para o profissional da Engenharia Elétrica do nosso estado?

Lauro– Os desafios da Engenharia Elétrica não são poucos. Primeiro essa profissão não está separada das outras, tanto que essa profissão também é afetada na crise nacional.

Atualmente uma das dificuldades em torno da profissão é a empregabilidade, ou seja, o mercado de trabalho. Em sequência o piso salarial do engenheiro eletricista. Por lei, o profissional desse ramo deveria receber 8,5 salários mínimos. Percebemos que em órgãos públicos e em algumas empresas privadas não é observada essa questão, sendo considerado outro desafio. Diante dessa situação, nós da AMEE estamos buscando, juntamente com essas instituições melhorar esse fator. A atualização da tecnologia também está em franco desenvolvimento na área de automação e em outras modalidades da engenharia. Se o engenheiro eletricista não buscar esse novo conhecimento terá dificuldade ao ser inserido no mercado de trabalho. Sem contar com a dificuldade de abertura de uma empresa, colocando como desafio os custos fixos empreendimento.

Gecom-Qual a importância da Engenharia Elétrica para o desenvolvimento do estado?

Lauro– A Engenharia Elétrica por si só, é muito importante para o desenvolvimento de uma nação, país e estado. Se for observar as áreas de atualização desse profissional da Engenharia Elétrica são várias, como: automação, industrial, residencial, eletrônica, telecomunicações e geração, transmissão e distribuição   de energia. São diversas setores de atuação do engenheiro eletricista, que estão ligados com o desenvolvimento econômico de Mato Grosso. Os estados têm seus comódites voltados principalmente para a produção primaria. Se nós verticalizarmos essa produção, certamente vai haver muito mais empregos para o engenheiro eletricista. Ele vai poder contribuir mais com a economia de Mato Grosso. O estado como um todo será beneficiado, tanto na população como no desenvolvimento social e econômico

Gecom-Que tipo de desafio o senhor vê para esses jovens que estão se formando em Engenharia Elétrica?

Lauro- O primeiro passo após a graduação em Engenharia Elétrica o meu conselho é esses jovens se habilitarem junto ao Crea-MT. É fundamental esse novo profissional estar regularizado com o Crea-MT, assim estará exercendo sua profissão legalmente. É importante também esse engenheiro eletricista se associar na AME, é através dessa parceria que iremos alcançar grandes resultados para a profissão. Já na questão de desafios, vejo vários para esse profissional que está iniciando agora no mercado. Porque se pensar apenas em empregos formais, infelizmente estamos em dificuldade no mundo inteiro, especificamente em todas as áreas de atuação essa questão está sendo revisada. Na verdade, não há mais muitos empregos formais, por isso é preciso que o jovem tem que trabalhar duro para alcançar seu espeço no mercado. É importante aprender sempre, buscando novas alternativas de empregabilidade. Na Engenharia Elétrica temos diversas opções: como automação, eletrônica, telecomunicações e agricultura de precisão. São setores importantes e podem trazer bons frutos aos profissionais. Não adianta pensar só em empregos formais, porque existem outras possibilidades que são apresentadas. O profissional tem que pensar um pouco mais na sociedade e no meio ambiente. A sustentabilidade hoje é fundamental, precisamos olhar o meio ambiente com mais carinho. Então o progresso de um estado e uma nação passa pela sustentabilidade. Uma ideia desejável para os engenheiros eletricistas que está entrando no mercado de trabalho é ser bilíngue, ou seja, falar vária línguas. Várias tecnologias e treinamentos exige outros idiomas. É necessário que o profissional tenha domínio de um novo idioma. As grandes empresas pedem aos profissionais uma outra formação na área social, ou voluntária. Durante a entrevista para vaga de emprego essa pergunta é importante no momento da escolha do profissional.

A reportagem completa será  transmitida na TVAL, neste domingo , 24 de novembro as 11h.

Texto e fotos: Cristina Cavaleiro/Equipe de Comunicação do Crea-MT