Semáforos são controlados por software

Um novo software de controle do tráfego é a ferramenta que promete dar agilidade ao trânsito em Cuiabá. A instalação do sistema Antares está na fase final e a novidade já está funcionando nas ruas da cidade. A administração dos semáforos é feita por meio de um computador que centraliza as informações. O maior benefício aos motoristas é a sincronização dos sinaleiros, que geram a “onda verde”.

Uma equipe de cinco técnicos da Dataprom, empresa de Curitiba contratada pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTU), estão na cidade para finalizar a implantação do Antares, que começou há 90 dias. Antes das mudanças no conjunto semafórico, cruzar os nove sinaleiros espalhados pela avenida Getúlio Vargas levava em média pouco mais de 7 minutos. Com a novidade, o tempo caiu para 4 minutos.

Na avenida Isaac Povoas também é possível perceber a redução, que de 6 minutos passou para 4. Os dados foram levantados pela Dataprom. O sistema está instalado nos controladores semafóricos de 62 cruzamentos da cidade, distribuídos por nove “corredores”, que são as principais vias. Entre elas estão as avenidas do CPA, Prainha, XV de novembro, Fernando Corrêa, Dom Bosco e Mato Grosso.

Cada ação dos semáforos pode ser acompanhada da tela de um computador, da sala de monitoramento na SMTU. Quando alguma lâmpada queima ou o equipamento sofre algum dano, o alarme aponta o estrago na central, o que não acontecia no caso dos objetos antigos. O que mais agrada aos condutores são as possibilidades de fazer mais de um planejamento para o tempo de sinalização.

Com base no fluxo de veículos em determinados períodos do dia, o programador pode pré-definir por quanto tempo o sinal ficará verde ou vermelho nos horários planejados. “Quando há algum acidente ou acontecimento atípico, como desfiles e shows, também é possível mudar a programação pelo computador”, explicou o engenheiro de tráfego, Alexei Fonseca. Em Curitiba, existem sensores que regulam automaticamente o tempo, mas em Cuiabá ainda não.

O sistema é utilizado nas principais cidades do Brasil, como São Paulo e Curitiba, e também na Europa e nos Estados Unidos. Todos os dados do semáforo são enviados para a central pelo sistema GPRS. Um chip instalado no aparelho, no controlador semafórico, armazena as informações e facilita a comunicação com a central, o que dispensa a necessidade de utilizar cabos e reduz custos.

QUEIMADOS – Mesmo os novos aparelhos com contadores, instalados recentemente na Capital, não estão livres dos estragos com as oscilações de energia que vêm acontecendo na cidade. O problema tem causando transtornos em vias importantes, como a Fernando Corrêa e Barão de Melgaço. Com as chuvas, a situação fica ainda pior, a SMTU afirmou que na última precipitação, 40 lâmpadas queimaram.

Fonte:Diário de Cuiabá