Sinalizar Intenções

No dia-a-dia do trânsito, o que mais se vê, são motoristas e motociclistas sinalizando suas intenções. É pisca-pisca pra cá, pisca-pisca pra lá, pisca alerta, piscada de faróis, buzinadas, braço pra fora (já vi até um engessado! Se pega um pedestre!), e até dedinhos do carona mexendo na fresta da janela com a intenção de que está mesmo sinalizando a intenção de virar à direita (dá até pra pensar que prendeu os dedos).
E as mãos? Bem, aí a coisa “pega”. Enquanto algumas pessoas as utilizam para sinalizar as intenções com base nas regras do trânsito, outras usam e abusam dos sinais baseados no “Código Internacional dos Humanos – CIH”, que nada tem a ver com intenções e sim com ações. Se o outro replica, então a coisa vai longe. Parece até que estão numa “barraca das argolas” de festa junina. Depois desta troca de gentilezas, ambos se transformam em homens-bomba, buscando e criando motivos para explodirem. Durante os percursos ainda a serem cumpridos, estes dois motoristas representam grandes ameaças a todos os que estão às suas voltas.
Caso cheguem ilesos aos seus destinos, mas ainda ferventes, coitados dos subordinados ou familiares. Sobra até para os cachorros, pelo simples fato de abanarem os rabos de felicidade, com a chegada de seus grandes amigos.
Voltando às regras de trânsito, lembre-se de que sinalizar a intenção de uma determinada ação, significa que você tem a INTENÇÃO de fazê-la, mas não a RAZÃO ou PERMISSÃO para executá-la.

Luiz Roberto M. C. Cotti
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