Suspeita de Newcastle faz MT sacrificar aves

23 de fevereiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Suspeitas de casos da doença de Newcastle em aves em Barra do Bugres, no Mato Grosso, levaram o Indea – Instituto de Defesa Agropecuária do Estado a sacrificar 210 aves e a destruir 126 ovos em quatro propriedades na cidade esta semana.

De acordo com o presidente do Indea, Décio Coutinho, houve quatro notificações de suspeitas da doença em criações domésticas de aves em Barra do Bugres. Testes sorológicos indicaram dois resultados positivos e dois negativos. As duas amostras positivas estão sendo submetidas a novos testes, e os resultados devem sair em 15 a 18 dias.

Ele informou que o sacrifício das aves está previsto no Plano Nacional de Sanidade Avícola, que determina o abate dos animais em locais onde houve resultado sorológico positivo para a doença de Newscastle.

Segundo Coutinho, desde a confirmação de um foco da doença, em 46 aves domésticas na cidade matogrossense de Lambari D”Oeste, em novembro do ano passado, houve uma “série de notificações” de suspeita de Newcastle por parte de criadores no Estado, após mortalidade de aves. Com as notificações, foram iniciadas as sorologias para a doença.

Além de Barra do Bugres, também houve suspeitas da doença, nos últimos meses nas cidades de Porto Espiridião, Curvelândia, Lambari DOeste e na Chapada dos Guimarães. Em todos os casos, de acordo com o presidente do Indea, com resultado negativo. Nessas cidades também houve sacrifício de aves, mas o Indea não tinha disponível, ontem, o número total de aves abatidas.

Coutinho ressaltou que os sacrifícios são feitos “preventivamente” e fazem parte do Plano Nacional de Sanidade Avícola. Ele acrescentou que as propriedades com notificação têm criações domésticas e estão num raio superior a 50 quilômetros de Tangará da Serra, cidade onde existe avicultura comercial.

Nos testes complementares à sorologia para Newcastle é feito o isolamento do vírus da doença. Se o vírus tiver índice de patogenicidade intracerebral igual ou superior a 0,7, ele é considerado patogênico, conforme as regras da OIE – Organização Mundial de Saúde Animal.

A doença de Newcastle ataca o sistema respiratório das aves afetadas, mas não é transmitida a seres humanos.

Fonte: Valor Econômico.