Usina não entra na pauta de ministros do Brasil e Bolívia

25 de outubro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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A reunião entre os ministros de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia, Carlos Villegas, e de Minas e Energia (MME) do Brasil, Nelson Hubner, deixou a usina Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá) fora da pauta. O encontro foi realizado na última segunda-feira em São Paulo, quando o ministro boliviano desembarcou para encontro com o ministério e visita à Petrobras, realizado na terça-feira. A assessoria de imprensa do MME informa que a falta de gás natural e de contrato para a usina não estavam na lista de assuntos tratados entre os dois países.

Já a assessoria de imprensa do ministério do país vizinho, afirma que Villegas retornou à Bolívia na terça-feira à noite e que durante todo o dia de ontem esteve em reunião ministerial e que somente hoje falará à imprensa sobre a visita ao Brasil.

Depois da reunião com Hubner, o ministro boliviano viajou para o Rio de Janeiro para encontro com o presidente da estatal brasileira, José Sérgio Gabrielli.

Conforme notícia veiculada pela Agência Boliviana de Informação (ABI) há a possibilidade de a Petrobras assumir o controle de um campo de produção de gás natural em Santa Cruz de La Sierra, o que vai depender da análise da diretoria da estatal brasileira.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mesmo com a não operação da Termelétrica de Cuiabá o sistema elétrico tem apresentado equilíbrio. A assessoria de imprensa afirma que, em caso de vulnerabilidade, o operador é comunicado pelos agentes de distribuição e geração local, cuja informação é repassada para o MME. Porém, até ontem nenhuma queixa sobre a falta de energia no Estado havia sido formalizada junto ao ONS, apesar das Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat) e do Norte do Brasil (Eletronorte) já terem confirmado publicamente a vulnerabilidade do sistema local e o risco iminente de apagão, especialmente na Baixada Cuiabana, em decorrência da paralisação da usina.

Atualmente, a produção de gás natural boliviano, de pouco mais de 40 milhões de metros cúbicos diários (m3), está sendo suficiente para atender somente os mercados prioritários da Bolívia, que é na ordem, a Petrobras com 30 milhões de m3, a Argentina entre de 4,5 milhões e 6 milhões de m3 e o mercado interno, que consome 5 milhões de m3.

Fonte:Gazeta Digital