Usinas no MT: Falta muito

14 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Os 360 milhões de reais que o BNDES, mãe de todos os grande empresários nacionais, deu para a construção de cinco pequenas centrais hidrelétricas (PCH’s)do Global Bank, um fundo de investidores brasileiros, na bacia do rio Juruena, não garantem que as obras serão sequer iniciadas. O Ministério Público Federal e organizações indígenas prometem fazer o Global Bank suar muito para construir suas usinetas, com capacidade de geração, cada uma, até 30 megawatts.

Análise localizada

As 5 PCH’s do Global Bank fazem parte de uma proposta de aproveitamento do potencial hidrelétrico da bacia do Juruena que envolve a construção de outras 6 PCH’s, estas do grupo Maggi, controladas pela família do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, e outras duas usinas de maior porte. A licença de instalação das PCH’s, no entanto, foram dadas pela secretaria de meio ambiente de Mato Grosso (Sema) individualmente, sem levar em conta o impacto global que será provocado por 13 barragens próximas umas das outras.

Análise ampliada

Dos 13 empreendimentos previstos para a bacia do Juruena, 10, por gerarem até 30 megawatts e preverem reservatórios de menos de 3 quilômetros quadrados, receberam suas licenças de instalação, com base num Diagnóstico Ambiental Simplificado, uma espécie de EIA-Rima meia-boca. Essas licenças foram renovadas entre março e abril. O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Sema que fizesse um estudo maior, chamado de Avaliação Ambiental Integrada, que levasse em consideração o impacto de todas as usinas em conjunto. A Sema ainda não respondeu e o caso tem tudo para acabar na justiça.

Machadinha

Seis tribos indígenas cujas terras serão afetadas pelas usinas pediram na semana passada à Funai para ficar de olho na história das PCH’s da bacia do Juruena. Também fizeram o mesmo pedido aos procuradores do MPF em Cuiabá.

Mico

O Global Bank andou procurando grandes investidores no setor elétrico brasileiro para passar adiante seus direitos sobre as usinetas da bacia do Juruena. Ninguém se interessou. Acham que os projetos têm tudo para se transformar em micos jurídicos.

Fonte: O Eco.